De que forma pode o Orçamento do Estado, o documento anual do governo de articulação dos vários interesses do tecido social, pode influenciar as decisões de empresas e famílias de que depende o crescimento da economia em 2022? Que componente política deve ter um documento que não pode ser apenas um exercício burocrático de gasto de verbas e de captação dos impostos necessários para financiar a despesa?
O debate andará à volta destas questões e também irá procurar analisar se, depois da adesão ao euro, tem sido negligenciada em Portugal a dinâmica que deve unir o desenho orçamental e as políticas estruturais, uma das chaves do crescimento num país fortemente endividado.
Em Portugal tem havido um excesso de política orçamental que corrige a ausência de decisões estruturais de fundo favorecendo a procura interna e descurando as exportações? Terão de ser as políticas estruturais o motor do crescimento e da convergência e não a política orçamental? Ou a saída da pandemia tudo deve condicionar?
A análise é de Nuno Botelho, líder da ACP – Câmara de Comércio e Indústria, Eduardo Baptista Correia, gestor, e Manuel Carvalho da Silva, sociólogo, professor da Universidade de Coimbra que, em semana de apagão nas redes sociais, também vão olhar para o crescente poder do homem que controla os algoritmos mais influentes do planeta, Mark Zuckerberg.