Foi garantida a segurança. Este é o comentário da Guarda Nacional Republicana (GNR) depois de vários veículos terem circulado na autoestrada das Beiras e Alta numa altura em que era atingida pelo fogo de Albergaria a Velha.
No início da semana, a A25 foi atingida pelas chamas e o momento foi registado por vários automobilistas que, em movimento, filmaram as chamas dos dois lados da via entre Mangualde e Chãs de Tavares.
"Houve segurança, desde logo porque não há registo de incidentes na via", diz à Renascença a major Lígia Santos, das Relações Públicas da GNR.
A responsável da GNR sublinha que "o encerramento de uma autoestrada, ou seja, a interdição de circulação numa via principal é um processo muito complexo e moroso que não se circunscreve a um determinado local específico, mas sim a uma área de dimensão alargada que pode envolver outros troços, como era o caso desta autoestrada, bem como o escoamento de vias" e garantiu que a deslocação dos meios foi feita de forma "muito rápida". A major garante que o caso vai mesmo assim ser alvo de uma "avaliação profunda".
Questionada sobre quem deu o alerta para que a autoestrada fosse encerrada, a GNR diz não ter ainda a fita do tempo com toda a ocorrência. " Não temos consolidado o cronograma desta ocorrência. É prematuro assumir que algo aconteceu especificamente em determinado momento. Havendo necessidade de melhoria de procedimentos obviamente haverá abertura para essa melhoria", acrescenta.
Confrontada pela Renascença, a concessionária, a Ascendi, diz que o corte da via foi efetuado cerca de 45 minutos depois de ter sido detetada a primeira coluna de fumo.
Naquilo que se pode chamar uma "fita do tempo", a concessionária explica que "foi detetado fumo através das câmaras na Central de Controlo de Tráfego às 7h05" e 15 minutos depois a divisão de trânsito da GNR informava que havia um foco de incêndio na berma, tendo sido deslocado um segundo meio operacional para esse local.
Às 7h34 era acionada uma mensagem nos quadros digitais da autoestrada, onde até então se lia "ligue 112 em caso de incêndio".
O corte de via seria decidido às 7h45, altura em que foram cortados os sublanços de Angeja e Talhadas.
A Ascendi explica ainda que o corte provocou "um congestionamento por falta de capacidade da rede viária alternativa, tendo originado paragens em plena via até ao nó do Estádio. Tendo deflagrado, entretanto, um foco de incêndio na proximidade da área de serviço, vieram a verificar-se algumas iniciativas individuais de inversão de marcha para saída no nó do Estádio, tendo esse mesmo nó posteriormente sido cortado por aumento da dimensão desse fogo na proximidade da área de serviço".
A Ascendi diz também que as bermas foram cortadas e limpas. Os primeiros cortes foram efetuados em abril e maio, a segunda limpeza na segunda quinzena de julho.
A Proteção Civil não respondeu às questões levantadas pela Renascença.