Zelensky diz que a Ucrânia pode ajudar a Europa "a resistir à pressão energética russa"
28-07-2022 - 05:51
 • Renascença com Lusa

Na sua mais recente comunicação em vídeo, o Presidente ucraniano promete fazer com que a Ucrânia seja “uma das principais garantias da segurança energética para a Europa”.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy garante um aumento das exportações de eletricidade para a União Europeia, prometendo, desta forma, ajudar a Europa a resistir, “à pressão energética russa”.

“Estamos a preparar-nos para aumentar a nossa exportação energética para servir os consumidores da União Europeia. Apesar da guerra, nós garantimos que a rede elétrica da Ucrânia ficaria ligada a toda a Europa, em tempo recorde”, assegurou Zelenskiy, na sua habitual comunicação noturna, em vídeo.

O Presidente da Ucrânia disse que as exportações permitem ao seu país “receber moeda estrangeira” e também ajudar os aliados internacionais a “resistir à pressão energética da Rússia”.

Na mesma comunicação, Zelenskiy promete fazer com que “a Ucrânia seja uma das principais garantias da segurança energética para a Europa”.

Na passada terça-feira, a União Europeia (UE) e Kiev discutiram opções para aumentar a cooperação energética, perante um possível corte no fornecimento de gás da Rússia, em resposta às sanções impostas pelo organismo europeu devido à invasão russa da Ucrânia.

A comissária europeia comissária europeia da Energia, Kadri Simson, lembrou que a UE tem contribuído para garantir o aumento dos fluxos de gás com a Ucrânia até ao final do ano, e garantiu que o organismo europeu está "preparado para facilitar a sua expansão".

O ministro ucraniano do setor da energia, German Galushchenko, realçou que o seu país pode aumentar a eletricidade que exporta para a UE e substituir parcialmente o gás russo que pode deixar de circular, considerando que resultaria numa situação que interessaria tanto à Ucrânia como ao organismo europeu.

As tensões geopolíticas devido à guerra na Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros. Em Portugal, em 2021, o gás russo representou menos de 10% do total importado.