​A Champions e suas consequências
31-05-2021 - 06:17

Nem tudo foi acautelado em relação à final da Liga dos Campeões Europeus que se disputou no último sábado no estádio do Dragão, na cidade do Porto.

As promessas insensatas feitas por responsáveis governamentais acabaram por se revelar um autêntico fracasso, porque chocaram, como de resto se previa, com o comportamento de adeptos ingleses que, aliás, repetiram aquela que é a sua própria regra. Ou seja, a forma de estar, além-fronteiras, repetiu-se de forma negativa, em claro contraste com o que acontece habitualmente dentro do seu próprio país, também porque aí a repressão funciona de outra maneira.

A bolha prometida pelo responsável governamental da área do desporto não foi mais do que uma miragem, salvando-se somente a postura dos adeptos do Chelsea e do Manchester City dentro do estádio, onde tudo decorreu com surpreendente e agradável normalidade.

Já o que se passou antes e depois do jogo fora do Dragão constituiu um autêntico desastre, perante a pusilanimidade das autoridades, o que revelou lamentável diferença de tratamento quando é caso para punir os portugueses dentro do seu próprio território.

Para além de tudo isto, ficou claro que a ausência de público nos estádios portugueses continua a ser uma tremenda injustiça, que não pode ter continuidade na temporada que vai seguir-se.

Em nota de rodapé, uma referência para aquilo que aconteceu ontem no segundo jogo do play-off em que voltaram a defrontar-se Rio Ave e Arouca, uma surpresa consumada em dois jogos e com desfecho inteiramente justo.

O Arouca está de volta à primeira Liga pela segunda vez, o que se saúda, ao mesmo tempo que se lamenta a descida dos vilacondenses, depois de treze anos de permanência no escalão superior, em alguns anos com notável brilho e, inclusive, a sua participação em diversas competições europeias.

Oxalá consigam reunir força para regressar o mais depressa possível.