O Papa Francisco aceitou a demissão do diretor do coro da Capela Sistina, monsenhor Massimo Palombella, esta quarta-feira, depois de nove anos no cargo.
A decisão surge na sequência de alegações de fraude e burla no seio do coro, que é composto por homens e jovens rapazes e é um dos mais antigos do mundo, tendo sido fundado em 1471.
Para além de cantar nas missas papais, o coro também grava com grandes editoras mundiais e faz tournées.
O comunicado do Vaticano que dá conta da demissão não faz referências à investigação interna que começou o ano passado e que visa alegações de fraude e de burla dentro do coro. Segundo a Reuters, a investigação abrange o padre Palombella e Michelangelo Nardella, um leigo que chegou a ser o diretor administrativo do coro e que geria as viagens do mesmo. Ambos negam qualquer envolvimento nas alegadas más práticas.
O coro da Capela Sistina é composto de 20 adultos profissionais e de 35 rapazes com menos de 13 anos, conhecidos como os Pueri Cantores. O ano passado o coro atuou nos Estados Unidos, na abertura de uma exposição de moda inspirada em iconografia católica. Mas a tournée dos Estados Unidos que era suposto ter lugar no verão foi cancelada subitamente sem explicação e a gravação de um CD foi interrompida.
Segundo uma fonte do Vaticano, citada pela Reuters, o coro será dirigido interinamente pelo monsenhor Marco Pavan, diretor da secção juvenil.