Anacoreta não avança para a liderança do CDS. Acha que Cristas pode ser primeira-ministra
17-02-2016 - 21:55

Movimento Alternativa e Responsabilidade apresenta moção ao Congresso do CDS, mas apoia Assunção Cristas.

“Não serei candidato de novo à liderança do CDS”, anuncia Filipe Anacoreta Correia em entrevista à Renascença.

O rosto do Movimento Alternativa e Responsabilidade (uma tendência interno do CDS), que há dois anos entrou na corrida, anuncia agora o apoio à candidatura de Assunção Cristas e considera mesmo que a ex-ministra da Agricultura pode chegar ao lugar de chefe de Governo numas eleições próximas.

“A qualquer momento pode acontecer uma crise política e temos de estar preparados no CDS para ter um bom candidato a primeiro-ministro, que tenha experiência de governo”, justifica Anacoreta Correia, que elogia também Assunção Cristas por permitir alguma continuidade com a liderança de Paulo Portas, mas “sinalizar” uma mudança.

“Reúne o perfil que deve nortear a escolha do futuro líder do CDS”, continua o militante do CDS, cujo movimento irá apresentar uma moção ao congresso do CDS, que se realiza nos dias 12 e 13 de Março, em Gondomar.

“O partido tem de ser melhor, mas também tem de ser diferente”, defende Anacoreta, para quem PSD e CDS devem concorrer separados às próximas eleições, quando estas acontecerem.

“Estamos em condições de poder aspirar a ter uma primeira-ministra eleita democraticamente”, espera, acreditando que os eleitores são “cada vez mais voláteis” e “mais sensíveis às pessoas que estão à frente de cada Partido”. Por isso, conclui, “Assunção Cristas tem condições para se afirmar como alternativa, credível e forte”.