António Costa: 90% dos contratos de trabalho "são precários"
17-09-2015 - 11:37
 • Marta Grosso

"Governo PS prometeu escolaridade de 12 anos, mas foi este Governo que o fez”, arrancou Passos Coelho.

Pedro Passos Coelho prefere não mexer nas reformas laborais que o seu Governo lançou de modo a tirar, agora, um maior partido delas. O actual primeiro-ministro e candidato nas próximas legislativas pretende mais flexibilidade no mercado de trabalho e “prosseguir” no caminho da criação de trabalho.

O mercado laboral foi um dos temas discutidos no debate entre Passos Coelho e António Costa emitido pela Renascença, TSF e Antena 1, esta quinta-feira.

Entre as medidas para melhorar as condições de trabalho está a aposta na qualificação dos jovens, diz Passos.

“O que precisamos para o futuro? Garantir o maior e mais elevado possível nível de qualificação dos jovens portugueses. É assim mais viável encontrar emprego com melhores rendimentos”, diz. E o emprego “está a ser criado", garantiu.

“É preciso que seja emprego que acrescente mais valor às empresas. Houve um Governo do PS que prometeu a escolaridade obrigatória de 12 anos, mas foi este Governo que o fez”, destacou o primeiro-ministro.

Passos Coelho acrescentou ainda que pretende “criar mais espaço para o ensino vocacional”, de modo a responder “às necessidades das empresas, do mercado de trabalho.” Não se pretende, por isso, introduzir novas regras. “Do nosso lado, o importante é um caminho de recuperação da economia, com uma recuperação de emprego mais intensa e julgo que agora, se olharmos para as condições de financiamento da economia, tiraremos partido das reformas que já fizemos”, conclui.

Do lado do PS, António Costa criticou a precariedade do trabalho em Portugal: “90% dos contratos são precários e só 20% se converteram em contratos definitivos.”

"É gravíssimo aquilo que se passou ao longo destes anos em matéria de educação", atirou Costa.

Deixou ainda no ar a alegada intenção da coligação PSD-CDS de querer acabar com a necessidade de justa causa para terminar um contrato de trabalho. Algo que Passos negou.