Marcelo diz que anúncios do Governo "são sinais de esperança", mas "há mais mundo além dos jovens"
07-09-2023 - 19:30
 • João Malheiro

Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que o anúncio das medidas "dá jeito em termos eleitorais", mas aponta que "outros partidos também anunciaram promessas e sugestões".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta quinta-feira que as medidas anunciadas por António Costa, esta quarta-feira, "são sinais de esperança para o futuro", mas "há mais mundo para além dos jovens".

Num discurso de cerca de uma hora na Academia Socialista, rentrée do partido que começou na quarta-feira à noite e decorre em Évora até domingo, o primeiro- ministro anunciou várias medidas dirigidas aos jovens, entre elas, que por cada ano de trabalho em Portugal, o Governo vai devolver um ano de propinas pagas numa universidade pública do país, o correspondente a 697 euros.

Em reação, Marcelo Rebelo de Sousa disse que "todas as medidas são positivas para a juventude". "Mas, como eu disse, há outras coisas, há mais mundo para além dos jovens", sublinhou.

"É importante para o problema de Habitação na juventude. Também para o ensino secundário e o ensino superior é importante. O IRS com um regime que seja atrativo. É importante a devolução das propinas", enumerou.

"IVA zero ser prorrogado, essa pequena diferença em quem tem muito pouco, faz a diferença", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que o anúncio das medidas "dá jeito em termos eleitorais", mas aponta que "outros partidos também anunciaram promessas e sugestões".

"Quando se aproximam eleições, o português aguça o seu olhar. As eleições também serve para isso", apontou, referindo-se às eleições na Madeira e às Europeias.

Ainda sobre a polémica sobre a atitude de António Costa durante o último Conselho de Estado, o Presidente da República afirmo que a sua reação "ficou esgotada" na resposta que deu esta quarta-feira.

"Desde o início tenho o princípio de não ter querelas. Não faz sentido. Nunca achei que o Presidente da República fosse Governo. O sistema semipresidencial funciona em cada um no exercício no seu poder", concluiu.

[notícia atualizada]