De um lado, a grande maioria, a celebrar um acontecimento importante, depois de uma longa caminhada nem sempre fácil de conduzir. Do outro, a voz dos contestatários que, como em todas as circunstâncias, revelam dificuldade em aceitar o sucesso da concorrência.
É este o cenário com que nos deparamos todos os anos, pelo que não há razão para nenhum de nós se mostrar surpreendido. A única diferença assenta apenas no facto de as cores alternarem e os seus prosélitos também.
Mas, a procissão ainda agora está no início, não havendo dúvidas de que irá prosseguir nas semanas e meses seguintes.
Porém, o que fica é o título alcançado pelo clube da águia, que dispôs da equipa mais regular e mais realizadora, e que chegou ao fim com o maior número de pontos conquistados.
Além disso, em determinado período da temporada, conseguiu ser igualmente aquela que exibiu maior qualidade no que ao futebol praticado respeita.
Como sempre, ninguém estaria à espera que, da parte dos seus rivais mais diretos, se ouvissem acenos de concordância quanto à superioridade exibida. E, muito menos, que os parabéns fossem endereçados àqueles que materializaram a festa.
Neste país pequenino acontece quase sempre isto, com raríssimas exceções. Por isso é melhor virar a página e apontar para a despedida da temporada que vai ter lugar no Estádio Nacional no próximo sábado, onde estarão de novo as equipas do Futebol Clube do Porto e do Sporting Clube de Portugal, para decidir qual deles regressará a casa levando consigo a sempre preciosa Taça de Portugal.