​Pequenos? Esqueçam
30-10-2017 - 06:20

Primeiro, o Feirense, no estádio da Luz. Em Vila do Conde mora um grupo de altíssima qualidade comandado por um treinador que terá possibilidade de, num futuro próximo, voar muito mais alto.

Mais uma vez, pelo menos, em dois casos, equipas consideradas pequenas bateram o pé a adversários mais cotados, tendo ficado ambas a um pequeno passo de se tornarem os principais protagonistas de uma jornada que, afinal, deixou ficar tudo na mesma.

Primeiro, o Feirense, no estádio da Luz. As coisas até começaram a correr bem para os campeões nacionais. Um futebol escorreito e dominador permitiu-lhes fazer um golo, quando estava decorrida somente uma dúzia de minutos.

Só que, conseguido esse ascendente no marcador, a águia passou a “voar baixinho”, deixando os seus adeptos entregues a um tempo de sono, quase à beira de acordarem em sobressalto.

Os “fogaceiros” confirmaram-se então como uma equipa bem organizada e melhor conduzida por um treinador jovem, que nunca se assustou nem com o adversário nem com o público que o sustenta.

Ficou assim à vista mais uma exibição que continuou a angústia dos benfiquistas.

Em Vila do Conde mora um grupo de altíssima qualidade comandado por um treinador que terá certamente possibilidade de num futuro próximo voar muito mais alto.

O Rio Ave manietou o Sporting na primeira parte, e só não chegou à vantagem porque na baliza dos leões estava aquele que é, sem dúvida, o melhor guarda-redes português e, sem exagero, um dos melhores do futebol europeu.

No segundo tempo a equipa de Jorge Jesus equilibrou o jogo mercê das mudanças feitas no xadrez leonino, mas só um golo polémico permitiu que regressasse a casa com os três pontos.

Curiosamente, deixaram os árbitros de ser os alvos preferenciais dos flibusteiros para ser o VAR o motivo de todas as discussões.

Na Invicta, um derby sempre apetecível, mesmo tendo em conta a dimensão de um e do outro lado. O FCPorto acabou por vencer com tranquilidade. Mas até chegar ao sossego passaram-se oitenta minutos em que chegaram a pairar muitas dúvidas sobre como tudo iria terminar.

O Dragão prossegue, assim, a sua marcha vitoriosa, deixando à concorrência mais directa o solene aviso de que não vai ser fácil retirá-lo do trono.