GNR lança campanha #NãoTeCales para evitar a violência no namoro
13-02-2023 - 07:54
 • Olímpia Mairos

Em 2022, a GNR registou 1. 421 crimes de violência no namoro em todas as faixas etárias. Desses crimes, 244 vítimas encontravam-se na faixa etária até aos 24 anos.

A Guarda Nacional Republicana inicia esta segunda-feira uma operação de sensibilização para a prevenção da violência no namoro.

A iniciativa visa combater comportamentos violentos e todas as formas de agressão existentes, em especial no namoro entre jovens, onde estes comportamentos são precoces e mais facilmente evitados no futuro.

Segundo a GNR, durante o ano passado, registou-se um aumento de queixas, tendo sido registados 1. 421 crimes de violência no namoro em todas as faixas etárias. Desses crimes, 244 vítimas encontravam-se na faixa etária até aos 24 anos. Em 2021 foram registados 1. 105 crimes de violência no namoro, em todas as faixas etárias, registando-se 332 vítimas com idade até aos 24 anos.

Em comunicado, a GNR esclarece que “a violência no namoro enquadra-se na violência psicológica e emocional, na violência física e social, e na violência sexual”, alertando que “o impacto deste tipo de violência em idades precoces pode ser a aceitação desta violência no futuro, comprometendo as vítimas envolvidas, as suas famílias e a sociedade no seu conjunto”.

“É importante alertar os jovens para a importância das relações saudáveis, baseadas em princípios e valores tais como a autoestima, o respeito e a tolerância, que são pilares das relações de namoro, promovendo uma cultura anti-violência através de uma maior consciencialização”, lê-se no documento.

A iniciativa da GNR que se prolonga até ao dia 17 de fevereiro propõe-se “alterar comportamentos e evitar que a violência se prolongue no futuro”, sensibilizando os jovens, para que digam “não à violência e para que consigam travar este tipo de comportamentos quer para si próprios quer para os outros”.

A campanha denominada “#NãoTeCales” visa ainda “incentivar todos os jovens a denunciar e a não aceitar qualquer tipo de violência psicológica, emocional, física, social ou sexual”.

“A violência não é uma opção. Denunciar é uma responsabilidade coletiva”, sinaliza a força de segurança.