Acrescentávamos então que nenhum deles poderia (deveria) considerar-se indiscutível favorito, inclusive Benfica e Futebol Clube do Porto os quais, aparentemente se deparavam com tarefas de menor exigência. Já o Sporting, marcado por dois empates consecutivos, partia para Faro com redobrados motivos de preocupação.
Cumprida a ronda, pode dizer-se que o trio do comando, sujeito a trabalhos forçados, confirmou as dificuldades que se anteviam.
Leões e dragões venceram, é verdade, mas não foram além de escassas vitórias por um só golo, enquanto as águias voaram demasiado baixo, e disso acabaram por ser penalizadas.
Em suposta maré alta, no pós sete jornadas sempre a vencer e sem sofrer golos, o Benfica teve falta de comparência na Luz, deixou o Gil Vicente confirmar o seu excelente momento com três vitórias em quatro jogos, e assim regressou aos tempos em que a dúvida era a palavra de ordem no espaço benfiquista.
E, mais grave, a entrada direta na Liga dos Campeões ficou agora muito mais distante, o que constitui um forte quebra-cabeças para aqueles a quem cabe a tarefa de comandar a nau encarnada.
O espaço de Jorge Jesus fica igualmente mais reduzido, porque ainda que ninguém lhe tenha perguntado se continua a ter condições para permanecer no comando da equipa, a realidade começa a desmentir essa possibilidade. Com um lote de jogadores que custaram muitos milhões, vergado ao peso das promessas de esmagar e jogar o triplo, ao treinador encarnado chegam, cada vez com mais intensidade, os protestos de uma numerosa massa associativa que sente traídas todas as expectativas criadas há meses atrás.
Melhores estão Sporting e Porto, muito embora ainda não seja tempo de cantar vitória.
A sete jornadas do fim há ainda pela frente um caminho cheio de pedras.