Lisboa e Vale do Tejo. Faixa etária dos 40 anos começa a ser vacinada a partir de 6 de junho
25-05-2021 - 18:44
 • Hélio Carvalho

As autoridades esperam que a vacinação de jovens adultos, a faixa mais atingida pelo recente crescimento, possa abrandar o avanço da pandemia. Faixa dos 30 anos é vacinada a 20 de Junho. Se pandemia não abrandar, Lisboa e Vale do Tejo pode chegar aos 240 casos por cem mil habitantes entre duas a três semanas.

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As pessoas com 40 anos vão começar a ser vacinadas a partir de 6 de junho, na região de Lisboa e Vale do Tejo. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, que também referiu que a faixa dos 30 anos começa a ser vacinada no dia 20 do mesmo mês.

Segundo o secretário de Estado adjunto e da Saúde, a vacinação vai acelerar em Lisboa devido ao aumento de novos casos na região. Para Lacerda Sales, a situação em Lisboa e Vale do Tejo deve "ser encarada como um sinal de alerta".

"A densidade populacional e os movimentos pendulares fazem com que a dispersão seja maior, o que aumenta o risco de transmissão", disse o secretário de Estado da Saúde.

Já o presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Fernando Almeida, anunciou que a testagem será reforçada em Lisboa e Vale do Tejo, algo que já tinha sido previamente anunciado pela DGS. A testagem a alunos, docentes e não-docentes do Ensino Secundário no concelho de Lisboa vão arrancar a 27 de Maio. Nos concelhos com mais de 120 casos por cem mil habitantes, nos últimos 14 dias, o reforço da testagem vai ser feito entre 31 de maio e 1 de junho.

Nas residências universitárias, arrancam na quarta-feira "ações muito fortes de testagem". E os migrantes e requerentes de asilo começam a ser testados a partir de quinta-feira, dia 27 de maio.

Também serão testados estafetas, taxistas e condutores de TVDE, a partir de 28 de Maio.

"Quanto mais rapidamente detetarmos os casos, mais rapidamente os serviços de saúde pública podem atuar e mais rapidamente", disse Fernando Almeida.

Na mesma conferência de imprensa, que se realizou na sede do INSA, o diretor de Serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde (DGS), André Peralta Santos, também disse que se a pandemia continuar a crescer em Lisboa, a região poderá atingir os 240 casos por cem mil habitantes entre duas a três semanas.

"Parece haver um aumento dispersão territorial no crescimento da incidência, mas também um abrandamento nas freguesias do centro da cidade", explicou Peralta Santos.

Neste momento, segundo a DGS, o índice de transmissibilidade, ou R(t), na região de Lisboa fixa-se nos 1,14 e a incidência situa-se em 143 casos por cem mil habitantes nos últimos 14 dias. André Peralta Santos apontou que as faixas etárias dos 20 aos 40 anos são aquelas onde a incidência está a aumentar mais.

O diretor dos serviços de informação e análise da DGS também referiu que "houve um ligeiro aumento na testagem" na semana que terminou no domingo, "mas também um aumento na positividade".

"Esta dinâmica da pandemia em Lisboa, pela sua densidade populacional e pelos movimentos pendulares intensos que tem a área circundante, da área metropolitana de Lisboa, são obviamente um motivo de preocupação", disse Peralta Santos.

[Notícia atualizada às 19h16]