​Novo sinal de vida da Superliga Europeia
22-01-2021 - 06:10

Já foi um tema quente num passado não muito distante. Tendo entrado numa compreensível letargia, também em função do aparecimento de uma pandemia que a todos atormenta, eis que, por estes dias, essa fantasmagórica competição volta à ordem do dia.

A Superliga Europeia será, convém já esclarecer, uma competição (muito) elitista, sendo intenção dos seus mentores criar um núcleo de 15 grandes clubes fundadores, para os quais ficaria desde logo reservada a modesta quantia de 35 milhões de euros para entrar na prova.

A Superliga Europeia tem como primeiro objetivo tornar mais ricos os clubes já anormalmente abastados e, não menos importante, criar um fosso impossível de destruir por outros de menor dimensão.

A imprensa britânica avançava ontem nomes, destacando-se seis da Inglaterra, três de Espanha, três da Itália, dois da Alemanha e um da França. Olhando para este quadro, nem sequer é difícil acrescentar os nomes dos clubes que estarão incluídos no lote dos eleitos.

Os direitos televisivos e os patrocínios constituir-se-iam como as principais fontes de receita desta super competição.

Ameaçadas nas suas hegemonias, tanto a FIFA como a UEFA saíram de imediato a terreiro, avisando que serão vetados todos os jogadores que venham a tomar parte na Superliga Europeia, impedindo-os assim de participar noutras competições por ambas organizadas.

Estamos, pois, perante um cenário que promete muita polémica e fartas discussões.

O inevitável braço de ferro que daqui vai resultar será, sem dúvida, um dos temas mais palpitantes dos próximos tempos.

É verdade que a pandemia é, neste tempo, o grande motivo das nossas preocupações.

E, talvez por isso, o assunto da Superliga acabe por ficar um pouco na penumbra por agora.

Mas não será enterrado definitivamente, porque os milhões vão continuar a falar mais alto.