Ministro da Educação: "Os meus interesses são os do interesse público"
11-05-2016 - 12:15

Tiago Brandão Rodrigues foi ao Parlamento prestar esclarecimentos aos deputados sobre a polémica saída do secretário de Estado da Juventude.

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O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, garantiu esta quarta-feira que os seus interesses são os do interesse público. O governante foi chamado ao Parlamento para prestar esclarecimentos sobre a saída do secretário de Estado da Juventude. João Wengorovius Meneses abandonou cargo em conflito com o ministro da Educação.

"A minha forma de estar na vida política é a transparência. Os meus interesses são os do bem público, são o interesse público, neste caso o interesse público nas áreas da juventude e do desporto", afirmou Tiago Brandão Rodrigues.

O ministro da Educação tem estado envolto em polémica por causa da revisão dos contratos de associação como ensino privado. Brandão Rodrigues foi mesmo alvo das críticas de Pedro Passos Coelho que questionou as decisões do titular da pasta da Educação.

O líder do PSD disse que Brandão Rodrigues estaria ao serviço de interesses alheios ao executivo, referindo-se à decisão do Governo em rever os contratos de associação com o ensino privado.

Interpelação ao Governo sobre educação

O CDS anunciou a marcação de uma interpelação ao Governo sobre política de educação no dia 19 de Maio, sublinhando que os contratos de associação serão apenas um dos temas a questionar o executivo.

"Estando nós no próximo dia 19 a pouco mais de uma semana do final do ano lectivo, de um ano lectivo conturbado, difícil, para professores, para alunos, para pais. Entendemos que o Governo merece ser interpelado e vir ao Parlamento dar explicações sobre políticas educativas", afirmou Nuno Magalhães em conferência de imprensa no Parlamento.

Segundo o líder da bancada do CDS, a questão dos contratos de associação com o ensino particular e cooperativo será um dos temas a abordar, argumentando que "não é admissível" que "o exemplo que o Estado dá é o de rasgar contratos".

"A questão é saber se o Estado é pessoa de bem", declarou, frisando não haver "garantia nenhuma" de que os alunos cumpram os ciclos até ao final e que os contratos não sejam cumpridos pelo Estado.