Jesuítas querem saber posição de candidatos às europeias sobre migrantes
06-05-2019 - 16:55
 • Filipe d'Avillez

O Serviço Jesuíta aos Refugiados mandou perguntas a todos os cabeça-de-lista às eleições para o Parlamento Europeu para saber qual é a sua posição sobre refugiados, migrantes e asilo.

O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) em Portugal, uma organização da Companhia de Jesus, quer saber a opinião dos candidatos às eleições europeias sobre questões relacionadas com os migrantes, os refugiados e o asilo na Europa.

Num comunicado enviado à Renascença esta segunda-feira, a JRS informa que foi hoje enviada uma carta a cada cabeça-de-lista para as eleições europeias que, em Portugal, se realizam a 26 de maio, “a pedir que partilhem a sua posição sobre várias questões relacionadas com as migrações e asilo”.

Segundo a JRS “o Parlamento Europeu desempenha um papel crucial na vida dos refugiados, requerentes de asilo e migrantes forçados, influenciando de maneira determinante o processo de tomada de decisão em matérias que lhes dizem respeito, pelo que é fundamental saber quais são as respostas que os candidatos ao Parlamento Europeu se propõem a dar”.

Mais especificamente, a organização jesuíta quer que os candidatos partilhem a sua posição sobre “o aumento de vias legais e seguras de acolhimento de refugiados pela União Europeia”, incluindo “programa permanente de Reinstalação à escala da União com a participação obrigatória de todos os Estados-Membros que permita a reinstalação de um maior número de refugiados; a definição de um visto humanitário europeu; e o alargamento do conceito de família para efeitos do reagrupamento familiar”.

Pergunta-se ainda aos candidatos se concordam, ou não, com a “obrigação da participação de todos os Estados-Membros no acolhimento de refugiados e a limitação do acesso aos fundos da UE pelos Estados que se recusem a fazê-lo”.

Os cabeças-de-lista são questionados ainda sobre as políticas de detenção de requerentes de asilo e migrantes em situação irregular.

Segundo a JRS, ao longo do mês de maio “os cidadãos europeus têm a oportunidade de eleger a composição do Parlamento Europeu, único órgão da UE eleito por sufrágio direto, para os próximos cinco anos. No dia 26 de maio, os portugueses têm o dever de dizer qual a Europa que querem para o futuro”.

Neste sentido a organização vai promover uma manifestação no Cais das Colunas, em Lisboa, para alertar para a importância de se votar nas eleições europeias.