"Chegou a hora de liberar a literatura brasileira para as águas amazónicas, as águas atlânticas africanas e todas as correntes da diáspora", declarou o vencedor do mais importante prémio literário de língua portuguesa.
O vencedor do prémio de 2022 foi anunciado no final de outubro do ano passado, tendo desde então já sido revelado o vencedor de 2023, que é o português João Barrento.
Em entrevista à Renascença, João Barrento considera que “a Língua Portuguesa pode estar tão bem representada numa tradução de uma grande obra universal, se ela for feita com o nível que deve ser, como o romance ou na poesia".
Paulina Chiziane nomeou também matriarcado, que aparece definido como "costume tribal africano", em contraposição com patriarcado, "tradição heroica dos patriarcas".
O artista brasileiro Chico Buarque recebeu o Prémio Camões esta segunda-feira, quatro anos depois de ter sido distinguido, numa cerimónia realizada no Palácio de Queluz, com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e Lula da Silva.
Chico Buarque disse que valeu a pena esperar quatro anos para receber o galardão. Disse que o governo "funesto" de Bolsonaro foi derrotado nas urnas, "mas nem por isso nos podemos distrair, pois a ameaça fascista persiste".
Quatro anos depois, o Prémio Camões de 2019 é entregue, esta segunda-feira, em Lisboa a Chico Buarque. O músico e escritor vai receber o maior prémio da língua portuguesa que Jair Bolsonaro se recusou a entregar, das mãos de Lula da Silva e Marcelo Rebelo de Sousa. A editora da Companhia das Letras em Portugal fala em vários simbolismos.
“Faço votos de que possa estar para breve a oportunidade de lhe entregarmos o Prémio Camões, bem como aos galardoados dos últimos anos”, disse o Presidente da República.