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Festival de Marionetas do Porto pioneiro no recurso a Inteligência Artificial

18 set, 2024 - 11:44 • Redação

Uso da Inteligência Artificial traz questionamentos sobre direitos de autor, num evento onde maionetas "são um ponto de partida para pensarmos sobre o mundo".

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Existir, resistir e mudar são "os três pilares" que o Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP) apresenta ao público, no Porto e em Matosinhos, entre os dias 11 e 20 de outubro. Esta é a 35.ª edição do certame, que tem como base a ideia das "bodas de coral" e como grande novidade o uso de inteligência artificial num dos espetáculos.

"É um tema na ordem do dia", começa pordizer Igor Gandra, diretor artístico do FIMP. A inteligência artificial começa a ser parte integrante do quotidiano, profissional e pessoal e, no futuro, acredita que pode ter uma "dimensão mais corpórea", isto é, de maior importância. "Capital Canibal" é o espetáculo em questão.

"O compositor decidiu valer-se dessas ferramentas para criar uma parte da banda sonora da peça, propondo um questionamento que tem a ver com autoria", avança o diretor artístico.

Ainda sobre a construção da ideia da edição atual, a imagem gráfica de todo o evento foi inspirada na ideia de "coral" e, por essa razão, propõe-se um "programa muito diversificado", num ambiente que tanto artistas como organizadores prometem ser "robusto e, ao mesmo tempo, delicado".

Em 2024, fazem parte do festival dezenas de artistas, de oito países diferentes, apresentados em dezoito espetáculos. Filmes, exposições, performances, workshops e masterclasses são as atividades apresentadas ao público, algumas delas em estreia mundial absoluta.

Os "espetáculos e performances" tornam-se um grande desafio quando o objetivo é que as "três ideias" principais do festival - "existir, resistir e mudar" - apareçam "de formas muito diferentes", partilha Igor Gandra.

Nas palavras do diretor artístico, as marionetas "são um ponto de partida para pensarmos sobre o mundo" e propõem dar ao público "ideias, opiniões e visões muito plurais do mundo". À Renascença, recorda que "é um festival" que escreve a sua história há vários anos, mas ainda com "muito caminho para fazer".

Este evento conta com uma parceria de longa data com a RTP, onde alguns dos conteúdos podem ser vistos "através do programa RTP Palco". A bilheteira é da responsabilidade de cada sala de espetáculos, mas a ideia é que "o festival seja acessível" a toda a gente. Os preços dos bilhetes variam, por isso, entre 2,5 euros e os 10 euros.

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