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"Grand Tour" de Miguel Gomes é o candidato de Portugal na corrida aos Óscares

11 set, 2024 - 11:00 • Lusa

A história de "Grand Tour" segue um romance de início do século XX, com Edward (Gonçalo Waddington), um funcionário público do império britânico, que foge da noiva Molly (Crista Alfaiate) no dia em que ela chega para o casamento, embarcando numa viagem solitária pela Ásia.

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O filme "Grand Tour", de Miguel Gomes, é o candidato de Portugal a uma nomeação para os Óscares, os prémios norte-americanos de cinema, revelou hoje a Academia Portuguesa de Cinema.

A longa-metragem foi escolhida pelos membros da academia, entre cinco obras finalistas, para ser candidata a uma nomeação para o Óscar de Melhor Filme Internacional em 2025.

Os cinco filmes finalistas eram "Grand Tour", "A Flor do Buriti", de João Salaviza e Renée Nader Messora, "Manga d"Terra", de Basil da Cunha, "O teu rosto será o último", de Luís Filipe Rocha, e "O vento assobiando nas gruas", de Jeanne Waltz.

"Grand Tour" chega às salas portuguesas a 19 de setembro, depois de ter sido premiado, em maio, no Festival de Cinema de Cannes, em França, valendo a Miguel Gomes o prémio de melhor realização, inédito para o cinema português.

A história de "Grand Tour" segue um romance de início do século XX, com Edward (Gonçalo Waddington), um funcionário público do império britânico, que foge da noiva Molly (Crista Alfaiate) no dia em que ela chega para o casamento, embarcando numa viagem solitária pela Ásia.

"Contemplando o vazio da sua existência, o cobarde Edward interroga-se sobre o que terá acontecido a Molly... Desafiada pelo impulso de Edward e decidida a casar-se com ele, Molly segue o rasto do noivo em fuga através deste "Grand Tour" asiático", refere a sinopse.

"Grand Tour" foi produzido por Uma Pedra no Sapato, em coprodução com Itália, França, Alemanha, China e Japão.

A longa-metragem de ficção foi feita em dois tempos, com uma primeira rodagem durante um périplo do realizador e de uma pequena equipa por vários países do Oriente e, mais tarde, com filmagens com os atores em estúdio, em Roma, e em Lisboa.

A 97.ª edição dos Óscares está marcada para 02 de março de 2025, em Los Angeles, nos Estados Unidos da América, sendo os nomeados revelados a 17 de janeiro.

De acordo com a Academia Portuguesa de Cinema, desde 1980 Portugal tem submetido anualmente um candidato à categoria de Melhor Filme Internacional. No entanto, nunca houve um nomeado português nesta categoria.

A Academia Portuguesa de Cinema é responsável desde 2012 pela escolha do filme candidato a uma nomeação para os Óscares, sendo esta a segunda vez que seleciona um filme de Miguel Gomes, depois de, em 2016, ter submetido o tríptico "As mil e uma noites".

Além deste processo de seleção da Academia Portuguesa de Cinema, é possível ao cinema português entrar na corrida a uma nomeação para os Óscares, noutras categorias, consoante diferentes critérios de elegibilidade, como, por exemplo, os filmes serem premiados em determinados festivais internacionais.

Além de Portugal, outros países foram já anunciando as suas escolhas na corrida a uma nomeação para o Óscar de Melhor Filme Internacional.

A Alemanha, por exemplo, vai candidatar "Les graines du figuier sauvage", do realizador iraniano Mohammad Rasoulof, uma coprodução com França e Alemanha, que foi prémio da crítica e do júri em Cannes.

Mohammad Rasoulof apresentou o filme em Cannes depois de ter conseguido fugir do Irão, onde foi condenado por atentar contra o regime de Teerão.

A Letónia submeterá "Flow", uma história de sobrevivência contada em animação, sem diálogos, realizada por Gints Zilbalodis, premiada em Annecy (França) e protagonizada por um gato.

No final de agosto foi anunciado que pela Palestina seria submetido o filme "From Ground Zero", que articula 22 curtos filmes de novos realizadores oriundos de Gaza, numa iniciativa que partiu da organização Masharawi Fund, criada em novembro de 2023.

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