02 ago, 2024 - 15:26 • João Pedro Quesado
O maestro português Dinis Sousa foi distinguido pela Associação de Críticos do Reino Unido como jovem talento. Fundador e diretor artístico do projeto Orquestra XXI, Dinis Sousa é, desde 2021, o maestro principal da Royal Northern Sinfonia.
A associação aponta que Dinis Sousa "aproveitou ao máximo" as oportunidades que teve em 2023, ano em que dirigiu a ópera "Les Troyens", com duração de cerca de cinco horas, em apresentações em Londres, Salzburgo e Berlim, e "confirmou as suas credenciais na música antiga com atuações de Handel em Londres e Nova Iorque".
Durante a mais recente temporada, o maestro estreou-se em importantes salas de espetáculos, como o Carnegie Hall (Nova Iorque), a Filarmônica de Berlim, a Philharmonie de Paris e o Festival de Salzburgo. Entre as orquestras que dirigiu estão a Royal Concertgebouw Orchestra, a Swedish Radio Symphony Orchestra, a Orchestre Révolutionnaire et Romantique, a English Baroque Soloists e o Monteverdi Choir.
Os críticos britânicos sublinham ainda que Dinis Sousa continuou o trabalho "excecional" com a orquestra de músicos portugueses emigrados, o projeto Orquestra XXI. "Sousa consegue um equilíbrio ideal entre atenção ao detalhe e um forte sentido da arquitectura das obras, e traz sempre uma energia eletrizante e dramática à sua direção", descreve a Associação de Críticos do Reino Unido.
Nascida em 2013, a Orquestra XXI foi fundada por Dinis Sousa para reunir músicos portugueses reunidos no estrangeiro. Um ano depois, em 2014, a Renascença retratou a origem do projeto na reportagem "Uma Orquestra de Emigrantes".
A Orquestra XXI atua frequentemente nas temporadas da Fundação Calouste Gulbenkian, da Casa da Música e do Centro Cultural de Belém.
Em 2015, Dinis Sousa foi condecorado pelo Presidente da República com o grau de Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique.