24 jul, 2024 - 23:29 • Redação
Um ano depois do fecho do Centro Comercial Stop, juntou-se esta quarta-feira frente à fachada do edifício um grupo que não ultrapassou as 20 pessoas, numa concentração sob o mote “Sonhamos Todes Outro Porto", cujas iniciais criam a palavra “Stop”.
A manifestação começou por volta das 18 horas, mas não decorreu como esperado.
A concentração pretendia assinalar a data de despejo do Stop, mas não só. Também servia para prestar solidariedade para com a Palestina, uma vez que, à mesma hora, nos Estados Unidos, milhares de manifestantes criaram uma linha vermelha em volta do Capitólio, onde iria discursar o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu. A concentração promovida pelo “Stop Manifesta” pretendia “formar uma linha vermelha e içar a bandeira da Palestina e a Queer”, na fachada do Stop, mas tal não foi permitido.
À porta do edifício, num papel assinado pela administração, estava escrito: “não está autorizada qualquer atividade de manifestação ou evento dentro do espaço privado do CCSTOP”
A entrada no espaço apenas era permitida a utilizadores do espaço, como inquilinos ou lojistas.
Os motivos que levaram os manifestantes ao local variavam.
Para Miguel Nabuco, a manifestação era sobre o Stop. “É mais sobre a questão de, ultimamente, as rendas terem aumentado muito dentro de salas do Stop”, afirmou à Renascença. Já a manifestante Noa Sousa dizia estar ali “principalmente para forçar a prisão do presidente israelita”. “Eu estou aqui a lutar pela Palestina, não estou de forma alguma a lutar pelo Stop”, acrescentou.
Já Inês Carneiro estava no local para apoiar as duas causas, “que se fundem”. “Estou aqui pelas duas enquanto resistência popular”, esclareceu.
Um ano depois do despejo no Centro Comercial Stop, a administração mudou, tendo agora lá representados os proprietários das lojas, e os músicos estão de volta aos ensaios. A faltar está a decisão do tribunal relativa a uma saída de emergência para um terreno vizinho.