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Astronautas fecharam-se na Gruta do Natal para simular a Lua, mas dali saiu música e poesia

19 jun, 2024 - 16:33 • Redação

Em Novembro de 2023, sete astronautas estiveram durante sete dias numa gruta da ilha Terceira, nos Açores. O objetivo da missão era simular a superfície da Lua, mas a experiência não se esgotou na Ciência. Protagonistas regressaram agora ao local, no âmbito da cimeira GLEX.

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Astronautas fecharam-se na Gruta do Natal para simular a Lua, mas dali saiu música e poesia
O que se faz numa gruta além de Ciência?

A gruta contava tantas histórias e nós sentíamos-nos tão bem dentro dela, que arte aconteceu, música aconteceu, relações humanas aconteceram e isso foi incrível.” Ana Pires é a única mulher astronauta portuguesa e foi a comandante responsável pela Missão Camões, que em Novembro de 2023 isolou sete astronautas nacionais e estrangeiros na Gruta do Natal, na ilha Terceira, nos Açores.

Durante a GLEX (Global Exploration Experience), cimeira que está a decorrer em Angra do Heroísmo e que reúne exploradores de todo o mundo, a Renascença foi até ao Algar do Carvão, onde as cientistas Ana Pires e Yvette Gonzalez partilharam o que se fez na gruta além da Ciência.

“O que eu senti durante a missão Camões foi quase mágico, e essa magia traduz-se nos poemas e nas palavras da Yvette Gonzalez, a comandante executiva da missão, e na música que a comandante, que fui eu, tocava todos os dias dentro da sua tenda, quase como uma canção de embalar”, explica Ana Pires à Renascença.

Às investigadoras juntaram-se habitantes locais da Associação "Os Montanheiros". Foto: Lara Castro//RR
Às investigadoras juntaram-se habitantes locais da Associação "Os Montanheiros". Foto: Lara Castro//RR
Foi dentro do Algar do Carvão que se ouviu música e poesia. Foto: Lara Castro//RR
Foi dentro do Algar do Carvão que se ouviu música e poesia. Foto: Lara Castro//RR

Yvette Gonzalez era a comandante executiva e não planeava escrever poemas, mas o ambiente da gruta inspirou um ou dois poemas por noite. “Eu pensei que ia ler todas as noites, mas estava a processar tantas coisas, que não conseguia. Senti de várias formas o quão privilegiada eu era por estar ali, naquele pedaço da terra, que quis captar as minhas emoções e os meus sentimentos através da escrita”, afirma a investigadora.

Agora, as investigadoras voltaram a reunir-se no vulcão do Algar do Carvão para lembrar aquilo que viveram. Para Ana Pires, "era a forma de agradecer à gruta e de honrá-la". Não só aquela gruta em específico, mas "todas as grutas que existem nos Açores e no mundo."

Às investigadoras juntaram-se habitantes locais da associação "Os Montanheiros", que gere o turismo do vulcão e da Gruta do Natal, para cantar uma canção relativa à ilha.

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