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Igualdade de género é o mote da Women in Tech Summit 2024

31 mai, 2024 - 15:32 • Redação

Iniciativa conta com dezenas de convidados nacionais e internacionais. O mercado de tecnologias em Portugal é constituído por 26% de mulheres, acima da média europeia de 17%.

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Já arrancou a Women in Tech Summit, o evento anual da organização com o mesmo nome, que tem lugar no Crowne Plaza Porto Hotel e no Auditório da Biblioteca Almeida Garrett, na cidade do Porto.

O objetivo da iniciativa é, à semelhança do propósito da organização, promover a inclusão das mulheres e "apresentar de que forma a inclusão e a equidade de género em equipas científicas e tecnológicas promove e entrega valor à comunidade e à sociedade como um todo", conta a embaixadora da conferência, Ana Carla Alves, à Renascença.

Para isso, o evento contará com um conjunto de palestras. Entre os temas estão a "Tecnologia ao serviço da sustentabilidade", "A ciência abraça a inclusão" e "Como inteligência artificial e automação, afetam a equidade de género".

São mais mais de 50 oradores nacionais e internacionais que se vão juntar à conferência, entre eles Leanne Elliot Young, co-fundadora e CEO do Institute of Digital Fashion e Tiago Silva, da Comissão para a Diversidade e Inclusão (CDI) do INESC TEC.

Em que patamar da igualdade está Portugal?

O mercado de tecnologias em Portugal é constituído por 26% de mulheres, acima da média europeia de 17%. Ana Carla Alves considera que "apesar de super baixo, representa uma ampla evolução, porque até recentemente nós éramos apenas 12%".

"Portugal, nesse sentido, tem muitas iniciativas dentro das organizações e apoiada também pelas autarquias de promoção da equidade", completa.

Segundo conta à Renascença a representante global da Women in Tech, Cláudia Mendes Silva, esta subida também se prende com a "desconstrução dos estereótipos de género" que tem sido levado a cabo "pelas organizações, pelas Universidades e pelo Governo", e da " maior perceção da utilidade da tecnologia".

Embora os indicadores sejam positivos, a embaixadora Ana Carla Alves considere que há muito por fazer no que toca às "características culturais da sociedade", que se pode verificar "através da inteligência artificial, em que ao escrever a palavra médico em inglês, que deveria ser unissexo, ela vai aparecer sempre num contexto masculino. Assim como para o lado inverso, quando escreve a palavra enfermeiro, só vão aparecer enfermeiras".

"Esses vieses, são de origem cultural, e ele existe, ele é real, e está longe de ser quebrado, mas existe um caminho a ser percorrido, no qual a gente vai tentar e vai trabalhar para que tenha um entendimento distinto sobre esse tema", garante.

A Women in Tech Summit 2024 vai continuar até domingo mas já era um sucesso antes de começar. Em apenas 48 horas, foram todos os bilhetes para a conferência que mistura as causas sociais, a ciência e a tecnologia.

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