28 set, 2023 - 18:42 • Maria João Costa
De 12 a 22 de outubro, o Festival Fólio tem em cartaz 603 iniciativas, 108 das quais conversas e tertúlias com escritores. Naquela que é a primeira edição marcada pela ausência do criador deste festival, o livreiro José Pinho que morreu recentemente, o Fólio elege como tema o Risco.
Em Óbidos serão lançados 40 livros, haverá 40 concertos e 21 exposições para ver. Depois de ter tido uma programação dedicada ao tema do Poder no ano passado, este ano, o Risco dá mote para as conversas.
Na programação apresentada esta quinta-feira em Lisboa, a organização do Fólio anunciou a presença em Óbidos de nomes como o escritor cubano Leonardo Padura, que tem novo livro a lançar em Portugal e que irá estar à conversa com Carlos Vaz Marques, dia 21 de outubro na Tenda da Vila Literária.
Também por Óbidos vai passar o cantor brasileiro Ney Matogrosso, mas não para cantar. O músico estará à conversa com Júlio Maria a propósito do lançamento da sua biografia, num encontro que tem a Vida como tema e que está marcado para dia 21 de outubro às 18h00.
Mas o Fólio, que começa dia 12, contará logo no segundo dia com outro nome relevante da escrita internacional. Geoff Dyer estará á conversa com o escritor português João Tordo num debate em torno do tema Fim.
Já para falar sobre Utopia estará em Óbidos, dia 14 a escritora espanhola Júlia Navarro à conversa com Hervé Le Tellier num encontro marcado para as 18 horas na Tenda da Vila Literária.
A programação pensada por Pedro Sousa, levará também a Óbidos importantes pensadores da atualidade, exemplo disso é Terry Eagleton que conversará com o escritor e poeta Pedro Mexia no mesmo dia 14.
O tema dos populismos será abordado numa conversa que juntará em Óbidos o escritor António Scurati que tem vindo a escrever a biografia de Mussolini e o historiador Rui Tavares, no dia 15 pelas 12 horas.
Num ano em que a exposição PIM! de ilustração será dedicada a José Pinho e ao livreiro que ele foi, a mostra de ilustração programada por Mafalda Milhões terá como tema “O Risco de Ler Devagar”.
Ao longo dos dias, o Fólio programou com o apoio da Fundação Inatel uma série de concertos. Pela vila nestes dias passarão artistas como Ana Lua Caiano, Júlio Resende ou Bandua.
A apresentação do Fólio decorreu esta quinta-feira em Lisboa, no Bairro Alto, na Casa-Comum, um novo centro cultural lisboeta que abrirá portas a 1 de novembro, cumprindo um sonho de José Pinho, o livreiro que criou a Ler Devagar e que aqui terá um espaço que junta uma biblioteca, uma sala de cinema, uma livraria e um espaço de programação cultural.