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Tremor, o festival que há 10 anos agita a ilha de São Miguel

28 mar, 2023 - 11:34 • Maria João Costa

Começa hoje, nos Açores, a 10.ªedição do Tremor. O festival leva a Ponta Delgada e Ribeira Grande, em São Miguel, 37 bandas. Durante 5 dias, há programação para todas as idades. Além de música, há performances e apresentações na natureza.

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Celebram 10 anos a olhar o futuro. É desta forma que arranca esta terça-feira em São Miguel, nos Açores, a décima edição do festival Tremor. “Queremos lançar muito o que serão as bases para o futuro, do que será o Tremor nos próximos 10 anos”, diz em entrevista à Renascença Márcio Laranjeira da organização do evento que decorre até 1 de abril.

“Tentamos implementar algumas alterações, algumas mudanças”, explica o organizador que esclarece que não quiserem colocar um “tom de saudosismo” nesta edição comemorativa. Ponta Delgada e Ribeira Grande serão palco de uma série de espetáculos nos próximos dias numa edição já com bilhetes esgotados.

O Tremor leva este ano à ilha açoriana 37 bandas, produtores e discos jockeys ao longo de 5 dias. Segundo Márcio Laranjeiro há também novidades em termos de “localizações, novas medidas na forma como o festival marca o território, a pegada ecológica” de deixa na ilha, indica o organizador.

No cartaz cruzam-se nomes nacionais e internacionais. Entre eles Cobracoral, Fado Bicha, Avalanche Kaito, Banda Fundação Brasileira, Bia Maria, Chima Isaaro ou Dj Fitz. Márcio Laranjeiro acrescenta que terão “alguns momentos de celebração de projetos” que já seguem o festival “há muito tempo”. Exemplo disso são “o projeto da Ondamarela com a Escola Música Rabo de Peixe” que trabalharão com a Associação de Surdos de São Miguel.

Laranjeiro destaca também a atuação de Pongo, “será um concerto para o qual há muita gente à espera e que irá marcar de certeza o festival”, refere o organizador que destaca também a “artista americana Angel Bat Dawid, que irá fazer um processo de residência com orquestra dos Mosteiros, que é uma orquestra Filarmónica dos Açores, e irão fazer um concerto especial”.

Tremor, muito além da música

Além da música há também duas exposições no Tremor. “Sístole” de Duarte Ferreira e Renato Cruz Santos será apresentada no espaço do Arquipélago, Centro de Artes Contemporâneas em Ribeira Grande e “Ornitofaunia” de Carolina Garfo e Lendl Barcelos que terá lugar no Museu Carlos Machado.

“A cada sábado do Festival há uma programação focada para famílias e para o público infantojuvenil”, explica Márcio Laranjeiro que destaca assim o programa do Mini Tremor que terá lugar dia 1 de abril nas Portas do Mar, com o espetáculo “Mais Alto!” que pretende despertar as crianças para a importância da democracia. O espetáculo é criado por Afonso Cabral, Francisca Cortesão, Inês Sousa, Sérgio Nascimento, com comentários de Isabel Minhós Martins e ilustrações de Bernardo P. Carvalho.

O Mini Tremor que tem entrada livre para crianças até aos 12 anos, conta ainda com oficinas criativas pensadas pelas artistas Beatriz Brum e Margarida Andrade. Questionado sobre o público-alvo do festival, Márcio Laranjeira indica que “70 por cento é de fora do arquipélago e 30 por cento é residente do arquipélago”.

“Nós conseguimos saber pelas informações que são dadas na compra dos bilhetes. É algo que que nos deixa muito contente, como é óbvio. Apesar do festival nascer para quem vive cá, e para quem reside cá, também nasceu numa altura em que os Açores eram muito diferentes do que são hoje a nível de turismo. Mas toda essa atenção que o festival tem gerado, todo este interesse tem chamado muita gente de fora”, afirma o organizador do Tremor.

Olhando para os estrangeiros que aproveitam o Tremor para visitar São Miguel, estão sobretudo, “pessoas da Europa e dos Estados Unidos da América”, detalha Márcio Laranjeiro. Este é público que vai-se cruzar com as “declarações de amor” que 10 artistas portugueses, como Alice Neto de Sousa, Francisco Vidal, Tamara Alves, Nuno Costa Santos e Selma Uamusse vão deixar inscritas no livro digital que celebrar os 10 anos do Tremor.

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