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Óscares

"É bom que as pessoas estejam cada vez mais atentas ao cinema de animação nacional"

24 jan, 2023 - 14:11 • Lusa

A presidente da Casa da Animação, Regina Machado, realça o "talento" de João Gonzalez, candidato ao prémio de melhor curta-metragem de animação e sublinha que "se fez história".

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A presidente da Casa da Animação, Regina Machado, realçou que se fez história hoje com a nomeação de "Ice Merchants", de João Gonzalez, para os Óscares, e salientou que a escolha mostra a relevância da animação portuguesa.

"Fez-se história [com a primeira nomeação de um filme de produção maioritária portuguesa para os Óscares]. E começou por uma animação, isso é a prova viva de que a animação tem de ser vista como cinema e não como uma técnica de cinema", afirmou à Lusa Regina Machado, que começou o telefonema a assumir que estava de lágrimas nos olhos.

A dirigente da Casa da Animação acrescentou que é "bom que as pessoas estejam cada vez mais atentas ao cinema de animação nacional", enaltecendo o "talento" do realizador e dando os parabéns quer a Gonzalez quer à produtora Cola Animation.

A curta-metragem de animação "Ice Merchants", de João Gonzalez, está nomeada para os Óscares, o que é inédito para o cinema português, segundo a lista de nomeados hoje anunciada.

Pela primeira vez, há um filme de produção portuguesa a integrar os nomeados para os Óscares, com "Ice Merchants", realizado por João Gonzalez, candidato ao prémio de melhor curta-metragem de animação.

Para o Óscar de melhor curta-metragem de animação estão ainda nomeados "The Boy, the Mole, the Fox and the Horse", de Charlie Mackesy e Matthew Freud, "The Flying Sailor", de Amanda Forbis e Wendy Tilby, "My Year of Dicks", de Sara Gunnarsdóttir, e "An Ostrich Told Me the World Is Fake and I Think I Believe It", de Lachlan Pendragon.

"Ice Merchants" é o terceiro filme de João Gonzalez, tem produção portuguesa de Bruno Caetano, pela Cola Animation, e coprodução com França e Reino Unido.

O filme, sem diálogos, tem como ponto de partida a imagem de uma casa numa montanha, debruçada num precipício. A partir daí, o realizador desenvolveu a história de um pai e um filho, que produzem gelo na casa inóspita onde vivem, e de onde saltam todos os dias de paraquedas para o vender na aldeia, no sopé da montanha.

João Gonzalez assina a realização e a banda sonora do filme e divide a animação, em 2D, com a polaca Ala Nunu.

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