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Guerra na Ucrânia

Cancelados dois concertos de Roger Waters devido a posicionamento pró-russo

25 set, 2022 - 13:59 • Lusa

Autoridades polacas pretendem declarar o músico britânico como "persona non grata", por este considerar que o início da invasão da Rússia à Ucrânia se deveu a "nacionalistas extremistas" ucranianos.

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Dois concertos do músico britânico Roger Waters, que estavam agendados para o próximo ano na cidade polaca de Cracóvia, foram cancelados pela organização, devido ao posicionamento do artista em relação à guerra na Ucrânia, noticia a agência Efe.

O músico de 79 anos iria atuar em Cracóvia em abril do próximo ano, na sala de espetáculos "Tauron Arena", mas, segundo adiantam alguns meios de comunicação da Polónia, as autoridades polacas pretendem declarar Roger Waters como "persona non grata".

Entretanto, o cofundador dos Pink Floyd já escreveu nas suas redes sociais que não foi ele a cancelar os dois concertos.

Em causa está o posicionamento de Roger Waters relativamente à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, uma vez que atribui a responsabilidade pelo início do conflito bélico aos "nacionalistas extremistas" ucranianos.

O músico britânico critica ainda a NATO e o ocidente por fornecerem armas à Ucrânia.

Entretanto, deputados do partido ultraconservador polaco Lei e Justiça (PiS) pedem numa proposta de resolução, que será votada na quarta-feira, que se declare "persona non grata" a todos aqueles que apoiarem publicamente o Kremlin.

Os promotores desta proposta expressam a sua indignação com o posicionamento de Waters, tendo em conta "o ataque criminoso russo à Ucrânia e os crimes de guerra cometidos por soldados russos".

Numa publicação feita este domingo no Facebook, Roger Waters escreveu que a iniciativa dos deputados polacos se deve aos seus esforços para que "todos os envolvidos na guerra desastrosa da Ucrânia, especialmente os Estados Unidos e a Rússia, procurem uma paz negociada".

O músico classificou ainda o cancelamento dos dois concertos como "censura draconiana", referindo que estava "ansioso por poder partilhar a sua mensagem de amor com o público polaco".

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  • Cidadao
    25 set, 2022 Lisboa 14:14
    Fizeram mal. Deviam tê-lo deixado entrar e depois efetuar um "bombardeamento maciço", daqueles que a bem amada rússia dele fêz à Ucrânia, com ovos e tomates pôdres. E só depois pegar-lhe num braço e pô-lo fora da Polónia a pontapés no ...

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