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Obra do Louvre e aguarelas da rainha restauradas na programação do Museu de Arte Antiga

27 ago, 2022 - 10:54 • Lusa

Até 11 de dezembro deste ano, os visitantes poderão ver, na Sala dos Passos Perdidos, a exposição "Aguarelas para a Rainha. O álbum de Dusseldorf oferecido a Dona Estefânia".

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Um autorretrato do pintor Nicolas Poussin (1594-1665) proveniente do Museu do Louvre, um álbum de aguarelas restaurado e uma obra de Charles de la Fosse (1636-1716) serão exibidos a partir de setembro no Museu de Arte Antiga, em Lisboa. .

Contactado pela agência Lusa sobre a próxima temporada expositiva do museu, o museu deu conta de que, no âmbito do ciclo "Obra Convidada", uma pintura cedida pelo Louvre estará em Lisboa entre 20 de outubro deste ano e 15 de janeiro de 2023.

Trata-se de um "Autorretrato", do pintor francês Nicolas Poussin (1594-1665), "um dos mais importantes autorretratos da pintura ocidental", segundo o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), que é enviado pelo Louvre no âmbito da Temporada Cruzada Portugal-França 2022.

Antes, a partir de 29 de setembro, o álbum restaurado de aguarelas oferecido à rainha Estefânia, no casamento com o rei português Pedro V, será exibido no museu, segundo a programação.

Até 11 de dezembro deste ano, os visitantes poderão ver, na Sala dos Passos Perdidos, a exposição "Aguarelas para a Rainha. O álbum de Dusseldorf oferecido a Dona Estefânia".

O álbum foi recentemente restaurado pela instituição proprietária, a Fundação Casa de Bragança, tendo tido uma primeira apresentação pública no Goethe-Museum, em Dusseldorf, sendo agora exposto no MNAA. .

A seguir, a 06 de outubro -- e até 31 dezembro -- na Galeria de Pintura Europeia, no âmbito do programa "O Belo, a Sedução e a Partilha", com obras da coleção Maria e João Cortez de Lobão, o museu exibirá ainda "Ceia em Emaús" de la Fosse (1636-1716), um dos mais reputados discípulos do mestre francês Charles le Brun, segundo o MNAA.

Charles de la Fosse (1636-1716) partiu em 1662 para uma viagem de dois anos a Itália, onde visitou Roma e Veneza, tendo aí descoberto a pintura de Veronese (1528-1588), indica um texto da programação. .

Esta influência decisiva do mestre veneziano está patente naquela obra da coleção Maria e João Cortez de Lobão que agora será exposta no MNAA, no âmbito da parceria que tem vindo a ser desenvolvida entre este museu e os colecionadores.

Estas são algumas das exposições previstas ainda este ano pelo MNAA, museu criado em 1884, e que alberga a mais relevante coleção pública do país em pintura, escultura, artes decorativas desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo um número significativo de obras classificadas como "tesouros nacionais", assim como a maior coleção de mobiliário português.

No acervo encontram-se, nos diversos domínios, algumas obras de referência do património artístico mundial, nomeadamente, os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, obra-prima da pintura europeia do século XV, atualmente alvo de restauro.

Também detém a Custódia de Belém, obra de ourivesaria de Gil Vicente, mandada lavrar pelo rei Manuel I, datada de 1506, e os Biombos Namban, do final do século XVI, registando a presença dos portugueses no Japão. .

O tríptico "As Tentações de Santo Antão", de Hieronymus Bosch, "Santo Agostinho", de Piero della Francesca, "A Conversação", de Pietr de Hooch, e "São Jerónimo", de Albrecht Dürer, estão entre as mais conhecidas obras do museu.

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