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Urso panda pode ser originário da Europa e não da Ásia

02 ago, 2022 - 08:20 • Olímpia Mairos

A análise de dois dentes fossilizados, que se encontram num Museu de História Natural da Bulgária, sugere que os pandas podem ter-se desenvolvido na Europa e migrado mais tarde.

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Cientistas descobriram uma nova espécie de panda gigante nas zonas húmidas da Bulgária, que dizem ser o “último conhecido” e o “mais evoluído” do tipo descoberto na Europa.

Ao contrário de seu parente preto e branco moderno, os investigadores, incluindo os da Academia Búlgara de Ciências, dizem que a espécie antiga, chamada A. para Nikol, não dependia exclusivamente do bambu.

“Embora não seja um ancestral direto do género moderno do panda gigante, é seu parente próximo”, explica o coautor do estudo, Nikolai Spassov, do Museu Nacional de História Natural da Bulgária.

Esta descoberta traz de volta a discussão sobre a origem do animal, conhecido por ser oriundo da China.

Segundo um estudo publicado no domingo no Journal of Vertebrate Paleontology, a espécie, denominada Agriarctos nikolovi, foi identificada graças a dois dentes fossilizados encontrados num pedaço de carvão na Bulgária há quase 50 anos.

De acordo com o paleontólogo Nikolai Spassov, do Museu Nacional de História Natural da Bulgária, citado pela NBC News, “os dados paleontológicos mostram que os membros mais antigos deste grupo de ursos foram encontrados na Europa, e os fósseis europeus [espécies] são mais numerosos”.

“Isso sugere que o grupo pode ter-se desenvolvido na Europa e depois dirigiu-se para a Ásia, onde evoluiu mais tarde para Ailuropoda – o panda gigante moderno”, destaca o principal autor do estudo.

O estudo agora divulgado mostra que este panda era menor que o panda gigante, mas os seus “dentes caninos eram proporcionalmente maiores, provavelmente devido à forte competição com outros carnívoros”. Ainda assim, a espécie comia sobretudo plantas.

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