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“Cinema Paraíso” regressa a Évora com filmes ao ar livre

30 jun, 2022 - 13:54 • Rosário Silva

O cinema mudo dos anos 20 dá mote a esta iniciativa da Fundação Eugénio de Almeida, sempre com acompanhamento musical ao vivo. Começa a 9 de julho e termina a 6 de agosto, com entrada livre.

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O Jardim Tardoz do Centro de Arte e Cultura (CAC) da Fundação Eugénio de Almeida (FEA), em Évora, volta a transformar-se numa verdadeira sala de cinema ao ar livre.

A terceira edição do ciclo de cinema ao ar livre “Cinema Paraíso” arranca a 9 de julho, para se prolongar até agosto, sempre às 21h30, com entrada gratuita.

“Este ano com uma programação centrada no cinema mudo dos anos 20, os filmes serão apresentados em regime de cine-concerto: músicos interpretam ao vivo a banda sonora musical criada, ou improvisada, para cada filme, dando à exibição cinematográfica um certo tom de arqueologia”, refere uma nota da FEA, enviada à Renascença.

Os promotores recordam que “nos anos 20, o cinema não era de facto mudo”, já que “as projeções eram acompanhadas por música executada ao vivo”.

Um cenário transposto para o presente, dando lugar à “fruição e aos afetos da cidade”, neste caso “potenciados pelo serviço de esplanada à disposição dos espetadores”, pode ler-se.

Com curadoria de José Alberto Ferreira, diretor do CAC, este novo ciclo abre em julho, no dia 9, com a sessão Buster Keaton, três curtas cómicas, musicada por Gonçalo Parreirão e Ricardo Brito.

As três curtas-metragens escolhidas - Cops (1922), Playhouse (1921), One Week (1920), “representam um dos períodos mais profícuos da carreira de Buster Keaton”.

Uma semana depois, a 16 de julho, é exibido “A Dança dos Paroxismos” (1929), de Jorge Brum do Canto, “um ensaio visual inspirado numa lenda nórdica sobre o sortilégio de um cavaleiro que se apaixona”, que vai ser acompanhado pelos sons do projeto RAIA, com TóZé Bexiga e Xinês.

A programação prossegue com o também cine-concerto, no dia 23, com Charlie Mancini a fazer música para “O Homem Mosca” (1923), um dos mais emblemáticos filmes da comédia do período mudo norte-americano.

“SAFETY LAST!”, o título original, é também uma das mais conhecidas “aventuras” de Harold Lloyd, “mítico ator cómico lembrado pelos seus óculos de aros redondos e pelas proezas físicas que, no pico da sua popularidade, o equipararam a Buster Keaton e Charlie Chaplin”.

O cine-concerto do último sábado de julho, dia 30, apresenta “As Aventuras do Príncipe Achmed”, (1926), de Lotte Reiniger.

“Considerada a primeira longa-metragem de animação, esta espantosa adaptação de contos de “As Mil e Uma Noites”, realizada em sombras chinesas, usa recortes de silhuetas e matizes de cores deslumbrantes para trazer à vida a história de um príncipe árabe”, relata a apresentação do evento. A banda sonora está confiada a Arsénio Martins / Aroma Jazz Trio.

No dia 6 de agosto, “O Último dos Homens” (1924), de F. W. Murnau, “a história aparentemente banal de um porteiro do Grande Hotel Atlantic”, e a música de Bruno Monteiro, Kevin Pires e Ricardo Soares completam a programação deste ciclo.

Todas as sessões do “Cinema Paraíso” decorrem aos sábados, às 21h30, no Jardim Tardoz do Centro de Arte e Cultura. O portão, em frente ao quiosque do Templo Romano, no coração da cidade, abre às 21h00 e os 60 lugares da plateia serão ocupados por ordem de chegada, até ao limite de lugares disponíveis.

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