02 mar, 2022 - 15:16 • Rosário Silva
O Presidente da República condecorou, esta terça-feira, Ruy de Carvalho com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago da Espada.
As insígnias foram entregues ao ator, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter assistido à peça “A Ratoeira”, de Agatha Christie, numa sessão especial no Teatro Politeama, em Lisboa, que assinalou também os seus 95 anos de idade e 80 de carreira.
Na plateia, a assistir à peça, estiveram muitos convidados, entre família, colegas e amigos de profissão de Ruy de Carvalho, bem como o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas e o vereador da Cultura, Diogo Moura.
Antes, o Presidente da República inaugurou a exposição "Retratos contados", com curadoria de Nélson Mateus, que faz uma retrospetiva da carreira do ator, desde a infância à atualidade.
Trata-se de uma mostra que reúne fotografias de família e do seu casamento, bem como da sua carreira profissional, com imagens de peças que interpretou e de colegas de trabalho, entre outras.
Entre os objetos exibidos na mostra, que já esteve patente no Espaço Memória do Teatro Experimental de Cascais (TEC), contam-se fotos da autoria de António Homem Cardoso e o texto final da mostra é da autoria de Alice Vieira.
Ruy de Carvalho nasceu em Lisboa em 1 de março de 1927.
Estreou-se no teatro em 1942, no grupo de teatro da Mocidade Portuguesa, na peça "Jogo para o Natal de Cristo", encenada por Francisco Ribeiro, conhecido como Ribeirinho.
Em 1945, entrou para o curso de teatro/formação de atores, no Conservatório Nacional, que terminou em 1950, com 18 valores.
A estreia profissional de Ruy de Carvalho deu-se em 1947, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, na companhia Rey Colaço - Robles Monteiro, na comédia "Rapazes de hoje", de Roger Ferdinand.
Com uma longa carreira no teatro, cinema e televisão, Ruy de Carvalho é também um ator muito premiado.
Medalha de Mérito Cultural, Prémio Carreira, Personalidade do Ano em Teatro e Prémio Sophia são alguns dos galardões atribuídos a Ruy de Carvalho, distinguido pela primeira em 1961.