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Miúdos “sedentos de ver espetáculos que não falem da pandemia”

14 jan, 2022 - 06:50 • Maria João Costa

“Não há duas sem três” é nome da peça que Catarina Requeijo e Inês Barahona escreveram para os mais novos. Estreia hoje no LU.CA, o Teatro Luís de Camões, em Belém. Vai estar em cena até ao final do mês.

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“Nunca vi miúdos tão felizes como nestes últimos tempos, por irem ao teatro. Acho que eles estavam mesmo a precisar”. Quem o diz é a atriz e encenadora Catarina Requeijo que estreia esta sexta-feira para o público infantojuvenil a peça “Não Há Duas Sem Três” no LU.CA, o Teatro Luís de Camões, em Belém.

O texto escrito em conjunto com Inês Barahona vai estar em cena até ao final de janeiro, com sessões para escolas e famílias. Agendadas estão também sessões com Língua Gestual Portuguesa dias 21 e 22, e uma sessão descontraída no dia 23 e outra com audiodescrição a 29 de janeiro, às 16h30.

Esta peça que conta com interpretação de Catarina Requeijo e cenografia e figurinos Maria João Castelo dá continuidade a uma história antiga. Segundo a atriz, “Não Há Duas Sem Três”, surge na sequência dos espetáculos “A Grande Corrida”, de 2012 e “Muita Tralha Pouca Tralha”.

Este monólogo, com sonoplastia de Sérgio Delgado volta a pegar nas personagens Manuela, a sobrinha automobilista da tia Odete e do tio “rezingão” Alfredo. No atual contexto de pandemia, Catarina Requeijo destaca o facto de os mais novos estarem “muito sedentos de ver outras coisas e espetáculos que não falem nada sobre a pandemia e que os levam para outro sítio”.

Em entrevista ao Ensaio Geral da Renascença, a atriz fala desta nova criação como “uma terceira etapa de uma trilogia”, mas faz questão de explicar que “ao contrário dos suplementos dos jornais, que não podem ser vendidos separadamente, estes espetáculos podem ser vistos separadamente. Não implica ter visto os anteriores.”

“Pode ver-se só um, porque há sempre uma contextualização da história”, indica Catarina Requeijo que acrescenta que estas histórias para os mais novos “são muito simples”. Pensado para um público-alvo a partir dos seis anos, “Não Há Duas Sem Três” é, à semelhança dos espetáculos anteriores, um trabalho “todo em rima”, explica.

A atriz diz que os espetáculos “seguem uma estrutura de acumulação e repetição que vem da estrutura das histórias tradicionais, o que faz com que o público às vezes já consiga decorar uma parte da história”.

Esta obra vai ser apresentada para o publico familiar a 14 janeiro às 18h30, nos dias 15, 16, 22 e 29 janeiro às 16h30 e a 23 e 30 janeiro às 11h30 e 16h30. Há também datas para as escolas.

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