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Mísia regressa aos palcos. “O meu último disco ficou órfão de concertos”

03 nov, 2021 - 11:20 • Maria João Costa

A fadista canta esta quinta-feira no Centro Cultural de Belém. “As mais bonitas” é o nome que Mísia deu ao concerto que marca o regresso ao palco e o reencontro com o público do qual tem saudades.

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É um concerto “sobre o signo do reencontro”, diz Mísia. A fadista sobe ao palco do Grande Auditório do Centro Cultural de Belém esta quinta-feira, às 19h00, num concerto a que deu o nome “As mais bonitas”.

Em entrevista à Renascença, Mísia explica que este espetáculo marca o reencontro com as suas músicas “da mesma maneira” que é também um reencontro “com o público” do qual, admite tem “imensas saudades”.

Passados quase dois anos, como diz, Mísia explica: “não fiz concerto nenhum. O meu último disco, Pura Vida é um disco órfão de concertos. Fiz a apresentação em Paris e aqui, e depois veio a pandemia e não se pode fazer nada. Não fiz coisas online, a cantar em casa. Gosto mesmo do palco. Acho que o palco é o lugar”.

No palco do CCB, a voz de Mísia vai ser acompanhada pelo piano de Fabrizio Romano, a guitarra portuguesa de Bernardo Couto e a viola de Fado de Daniel Pinto. Neste reencontro com o seu público, a fadista vai interpretar não só fados do seu último trabalho, como alguns inéditos.

Questionada sobre o título que deu a este concerto “As mais bonitas”, Mísia explica que: “um tema bonito tem a ver com a altura em que cantei, com as emoções que senti quando o ouvi pela primeira vez, com o encontro com essa música e dessa música com o público”.

Neste concerto coproduzido com o Museu do Fado, que terá às 21h30 uma transmissão online através do Live Stage da Tickeline, Mísia irá interpretar temas como “Unicórnio Azul”. “É uma música do meu terceiro disco e foi uma música que toda a gente me dizia ‘gosto tanto’. Há anos que não canto”, afirma a cantora.

Mísia conta à Renascença que irá interpretar também “um tema inédito do Tiago Torres da Silva e também cantar três temas, um em grego, outro em francês e um em castelhano”. Este último é de Violeta Parra.

Mas o concerto contará também com outras surpresas. Haverá convidados surpresa, mas a fadista não quer para já revelar quem são.

Sobre este último ano de pandemia que a afastaram do palco, Mísia lembra que o espetáculo e o palco lhe estão na massa do sangue. “Eu sou a terceira geração de artistas na minha família. A minha mãe era bailarina e a minha avó era atriz de Vaudeville, assim um bocadinho picara (riso). O palco é um sítio onde epidermicamente me sinto muito à vontade, e sinto-me muito eu própria. As emoções estão em carne viva. Para mim o palco é a verdade”.

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