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Morreu o ator Jean-Paul Belmondo

06 set, 2021 - 15:36 • Redação, com Pedro Mesquita

Ator francês é uma lenda do cinema francês popular e da chamada "Nouvelle Vague". Tinha 88 anos.

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Foto: Ian Langsdon/EPA
Foto: Ian Langsdon/EPA

O ator francês Jean-Paul Belmondo morreu esta segunda-feira aos 88 anos, avança a imprensa gaulesa.

Conhecido como "O Magnífico" e "Bébel", Jean-Paul Belmondo é uma lenda do cinema francês popular e da chamada "Nouvelle Vague".

Uma das grandes estrelas de cinema das décadas de 60, 70 e 80 do século passado, Jean-Paul Belmondo brilhou em dezenas de filmes com uma mistura de imagem e atitude.

"O Homem do Rio", de 1964 , ou "O Acossado", de 1960 são alguns dos filmes mais marcantes da carreira do ator nascido em abril de 1933.

"O Acossado", em que foi dirigido pelo realizado Jean-Luc Godard, catapultou a carreira de Belmondo para o estrelato.

Ao longo do seu percurso, o ator francês que trabalhou com outros realizares de renome, como Jean-Pierre Melville ou François Truffaut.

Jean-Paul Belmondo sofreu um acidente vascular cerebral em 2001, recuperou e ainda participou em dois filmes nos anos seguintes. Em setembro de 2019, sofreu uma queda que fragilizou o seu estado de saúde.

Homem carismático e galã, "Bébel" passava para as personagens a sua simpatia e bom humor.

Em entrevista ao jornal "Le Figaro", Jean-Paul Belmondo, o "ator com cara de pugilista", confessou que os seus planos de vida não passavam pelo cinema.

“Eu queria ser palhaço, sempre fui ao circo. Só gostei disso. O boxe e o circo", contou o famoso ator que marcou uma era.

Belmondo nasceu no seio de uma família de artistas. O pai, Paul, foi um escultor de renome que encaminhou o filho para o teatro, que acabou por se tornar uma grande paixão.

Em declarações à Renascença, o cineasta Luís Filipe Rocha recorda o trabalho de Belmondo e um pequeno livro de memórias do ator chamado “Belmondo – Mil vidas valem mais do que uma”.

“Fica o trabalho dele com alguns dos mais importantes realizadores, tocando vários géneros. Pessoalmente, tenho uma enorme admiração por ele, como tenho também pelo Alain Delon, e tenho grande admiração por alguns dos realizadores com quem ele trabalhou.”

“Recentemente, encontrei, por acaso, um livro com as memórias dele que se chama, em tradução literal, ‘Mil vidas valem mais do que uma’, o que é um magnífico título para um ator que viveu mil vidas para além daquela que ele próprio, como ser humano, viveu”, sublinha o cineasta Luís Filipe Rocha.

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