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Centro de Artes de Sines abre portas à Coleção António Cachola

07 jul, 2021 - 10:33 • Rosário Silva

Com curadoria de Ricardo Estevam Pereira, a exposição “Linha do Tempo” apresenta 67 obras de 35 artistas, produzidas nos últimos 30 anos, e que pertencem à Coleção António Cachola.

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Mais de seis dezenas de obras de arte da Coleção António Cachola, “uma das mais prestigiadas coleções nacionais”, vão estar em destaque na exposição “Linha do Tempo”, que inaugura sábado, 10 de julho, no Centro de Artes de Sines.

“Esta mostra permite trazer até Sines 67 obras de arte de uma das mais prestigiadas coleções nacionais, a Coleção António Cachola, fundamental para se compreender a arte portuguesa dos últimos 40 anos e, em particular, a do nosso século”, lê-se na nota enviada à Renascença.

Com curadoria de Ricardo Estevam Pereira, a exposição surge numa parceria com o Museu de Arte Contemporânea de Elvas – Coleção António Cachola.

"A obra artística não pode fugir ao tempo em que é criada” e, o seu autor, observa o curador, citado na nota, “está fatalmente mergulhado numa realidade que, desde o mundo das ideias ao dos materiais que encontra à sua disposição, lhe molda os gestos e as marcas que eles nos deixam.”

“Para muitos criadores”, acrescenta o também arquiteto da Câmara de Sines, “esse destino é particularmente consciente, desenvolvendo o seu trabalho como uma reflexão sobre as principais questões do tempo presente, do seu acelerar vertiginoso ou dos momentos em que se suspende no vazio.”

No texto de apresentação, escreve Estevam Pereira, “o Nosso Tempo está documentado, das mais diversas formas, nas 67 obras que integram esta exposição e que foram todas produzidas nos últimos 30 anos”, a maioria delas já do século XXI.

Assim, “é uma ocasião privilegiada para procurar algumas das linhas de força das pesquisas plásticas deste novo século”, sublinha.

“Ao pô-las em diálogo”, observa o curador, “procuramos mostrar que o Tempo não é apenas o intervalo medido mecanicamente por um relógio”, mas “uma realidade, acima de tudo, sentida e equacionada pelo ser humano, das mais variadas formas."

Na exposição, que vai ficar patente até outubro, com entrada livre, estão representados 35 artistas: Ana Mansos, Ana Péres-Quiroga, Ana Rito, Augusto Alves da Silva, Edgar Martins, Fernão Cruz, Gil Amourous, Hugo Guerreiro, Ilda David, Isabel Simões, João Galrão, João Jacinto, João Paulo Serafim, João Queiroz, Jorge Molder, José Loureiro, José Pedro Croft, Luís Campos, Luís Palma, Marcelo Costa, Maria Lusitano, Marta Soares, Miguel Ângelo Rocha, Nuno Sousa Vieira, Paulo Catrica, Pedro Calapez, Pedro Casqueiro, Pedro Gomes, Rui Chafes, Rui Neiva, Rui Serra, Sofia Areal, Susana Guardado, Vasco Araújo e Vhils.

Refira-se que a Coleção António Cachola começou a ser produzida no início da década de 1990. Nela estão refletidos as últimas quatro décadas da criação artística visual realizada por artistas portugueses.

À vontade pessoal de colecionar, o comendador António Cachola juntou a determinação de dar à sua coleção uma dimensão pública. Assim, em 2007, nasce em Elvas, cidade património mundial, o Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE), instituição com tutela municipal que acolhe em depósito a coleção deste filho da terra.

Sempre a crescer, a coleção é composta por mais de 650 obras de mais de uma centena de artistas.

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