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Investigação

Análise ao ADN de Colombo tenta resolver mistério sobre a sua origem

20 mai, 2021 - 07:33 • Lusa

O alegado esqueleto do navegador e explorador, responsável por liderar a frota que alcançou o continente americano em 1492, está em Granada.

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Quando se cumprem 515 anos da morte de Cristóvão Colombo, os seus restos mortais, que estão no sul de Espanha, começam a ser analisados para tentar resolver o mistério em redor da sua origem, que segundo uma teoria poderia ser portuguesa.

O alegado esqueleto do navegador e explorador responsável por liderar a frota que alcançou o continente americano em 1492 foi retirado de uma sala blindada na Universidade de Granada para ser analisado.

Várias mostras serão em seguida transferidas com escolta policial para serem analisadas em diferentes laboratórios de identificação genética na Europa (Espanha e Itália) e América (EUA e México).

Fonte da equipa de investigação disse à agência Lusa que se trata de um projeto internacional que chega à sua fase final com o estudo do ADN de Colombo, cujos resultados poderiam mudar os livros de história.


"Queremos confirmar a origem de Cristóvão Colombo e para isso queremos ter o maior número possível de dados objetivos para chegar a uma conclusão que pode ser diferente da atual sobre a sua origem", disse José Antonio Lorente, catedrático de Medicina Forense de la Universidade de Granada.

Na conferência de imprensa que teve lugar esta manhã em Granada, José Antonio Lorente acrescentou que "há mistérios e interrogações que não encaixam na teoria dominante" sobre as origens do descobridor.

A equipa de investigadores pretende apresentar em 12 de outubro os resultados deste "grande projeto".

A corrente dominante de historiadores afirma que Colombo era filho de uma família de tecelões de Génova (Itália), mas numerosas teorias têm questionado a sua verdadeira origem.

Algumas delas apontam as suas origens para vários locais de Espanha (Valência, Catalunha, Galiza, Navarra ou Maiorca), mas muitas outras indicam lugares em Portugal, Croácia e até Polónia.

De acordo com a equipa de investigação, a análise genética que será realizada nos próximos meses poderá ser a peça fundamental que irá unificar todos os ramos do trabalho e permitir saber um pouco mais sobre a vida do navegador que é considerado por muitos como o descobridor da América.

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  • Ivo Pestana
    20 mai, 2021 Funchal 15:55
    Colombo é alentejano, pá!

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