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Morreu Carlos Costa, músico do Trio Odemira

10 mar, 2021 - 14:14 • Lusa

Carlos Costa tinha 80 anos e foi um dos elementos do grupo celebrizado por canções como "Ana Maria" ou "Anel de Noivado".

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O músico Carlos Costa, de 80 anos, que fez parte do Trio Odemira, morreu no domingo, anunciou esta quarta-feira o grupo.

O Trio Odemira contava mais de 60 anos de carreira, formou-se em 1958, e protagonizou êxitos como "Ana Maria" e "Anel de Noivado", tendo sido o primeiro a gravar em disco temas populares alentejanos, à exceção dos grupos corais, segundo a Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, que dá como exemplo o 'single' "Rio Mira", de 1958.

Esta enciclopédia indica que o repertório do trio inclui várias canções espanholas e sul-americanas, algumas gravadas em português, temas tradicionais da Beira Baixa e do Alentejo, e versões de canções gravadas por Tony de Matos (1924-1989), Amália Rodrigues (1920-1999) e Max (1918-1980).

O grupo, segundo a mesma fonte, detém recordes de vendas como um Disco de Platina (mais de 140 mil exemplares) e seis Discos de Ouro (mais de 40 mil exemplares, cada).


Em 2019, o trio atuou, celebrando os 60 anos de carreira, no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz, entre outros palcos e, em setembro de 2016, foi distinguido com Prémio de Mérito e Excelência Cidade de Moura, na área da Música.

Além de Carlos Costa, que residia na aldeia dos Capuchos, no concelho de Almada, no distrito de Setúbal, constituíam o trio os seu irmão Júlio Costa e Mingo Rangel.

O artista Nuno da Câmara Pereira já lamentou a morte de Carlos Costa, a quem agradece por "uma vida inteira dedicada à música portuguesa".

“De sorriso franco e imediato foi sem dúvida uma das maiores figuras do cancioneiro português”, escreveu o fadista numa mensagem publicado no Facebook.

O apresentador de televisão Jorge Gabriel também utilizou as redes sociais para prestar a sua homenagem a Carlos Costa, "um cavalheiro culto, educado, sem meias palavras, e com mais de 60 anos de carreira com centenas de milhares de discos vendidos".

"E perco mais um amigo... Um abraço ao mano Júlio, e ao Mingo. Descanse em paz", refere Jorge Gabriel.

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