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Álvaro Siza Vieira e Carlos Castanheira vencem Prémio Archdaily

18 fev, 2021 - 17:08 • Maria João Costa

Pela segunda vez, a dupla de arquitetos Álvaro Siza Vieira e Carlos Castanheira recebe o Prémio Archdaily. Agora foi, na categoria de Arquitetura Cultural, com o edifício do Museu de Arte e Educação, na China.

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Os arquitetos portugueses Álvaro Siza Vieira e Carlos Castanheira são os vencedores do Prémio Archdaily, Edifício do ano 2021, na categoria Arquitetura Cultural.

O anúncio foi conhecido esta quinta-feira e distingue o edifício do Museu de Arte e Educação de Ningbo, no leste da China.

O projeto era o único finalista português e concorria com outros edifícios culturais, como o Museu Audemars Piguet, em Le Brassus, na Suíça; o centro chinês de Arte de Qujiang, em Xi'an - Shanxi; o edifício Experimenta, em Heilbronn, na Alemanha, e o MEETT - Centro de Congressos e Exposições de Toulouse.

Em comunicado, o atelier Castanheira recorda que o Museu de Arte e Educação foi inaugurado a 21 de novembro de 2020 e afirma que “este prémio é a confirmação e o reconhecimento da Mestria desta dupla de arquitetos no continente asiático, confirmando a qualidade da arquitetura portuguesa no âmbito internacional”.

A Archdaily, é uma conhecida plataforma digital de arquitetura e os vencedores foram escolhidos por votação dos membros registados na plataforma.

Não é a primeira vez que esta dupla de arquitetos portugueses vence esta prémio. Já em 2015 tinham sido galardoados com o Prémio Archdaily – Edifício do Ano na categoria de Edifício de Escritórios com o projeto “Building on the Water”, em Huai´an, também na China.

Desde 2005 que Álvaro Siza Vieira e Carlos Castanheira são autores de vários e emblemáticos projetos no continente asiático. O Museu que agora foi premiado é já o quarto que os dois arquitetos, construíram na Ásia.

Nas palavras desta dupla criativa o Museu de Arte e Educação “é um pequeno Museu que é enorme por dentro. Encostado à colina levita do terreno e ondula na forma. Intriga de elegância e de mistério.”

Segundo os arquitetos o volume do edifício “é antagónico”. “Por fora está suspenso da terra e ondula no seu revestimento metálico. Reflete as luzes dos dias, nunca repetidas. No interior a calma introspetiva nos espaços expositivos contrasta com os movimentos dos visitantes a circularem no enorme vazio”. Para Álvaro Siza e Carlos Castanheira “um museu tem que ter uma Alma Grande. Não importa o tamanho.”

Com uma área de 5.300 metros quadrados, o edifício em Ningbo foi projetado entre maio de 2014 e novembro de 2020. A sua construção decorreu entre outubro de 2017 a outubro de 2020.

Envolvidos no projeto de estudo prévio na primeira fase estiveram Luis Reis, Elisabete Queirós, Pedro Carvalho; na segunda fase de execução - Pedro Carvalho. Já a equipa de projeto foi constituída por Jorge Santos, Joana Soeiro, Sara Pinto, Susana Oliveira, Francesca Tiri, Rita Ferreira, Diana Vasconcelos, Inês Bastos e Luísa Felizardo. O desenho de luz tem a assinatura de Alexandre Martins e a acústica de Filipe Andrade Santos.

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  • Maria
    18 fev, 2021 Palmela 17:33
    Dinheiro mal gasto!

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