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Dia Mundial do Livro. Ministério da Cultura vai comprar 400 mil euros em livros

23 abr, 2020 - 08:44 • Maria João Costa

Está previsto gastar até cinco mil euros por editora e livraria na compra de livros, a preço de venda ao público. A medida é anunciada numa altura em que o setor enfrenta a maior crise de sempre.

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É uma medida “para o curto prazo e para uma resposta mais imediata a situações de maior vulnerabilidade”, face ao impacto da atual conjuntura. O Ministério da Cultura vai disponibilizar 400 mil euros para a aquisição de livros, a preço de venda ao público.

A ideia, diz o gabinete de Graça Fonseca, neste Dia Mundial do Livro, em comunicado, é a Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) gastar até um máximo de cinco mil euros por editora e livraria e adquirir obras dos catálogos que serão depois distribuídos, “em articulação com o Instituto Camões, pela Rede de Ensino de Português no Estrangeiro e Rede de Centros Culturais

“Este programa de aquisição de livros destina-se às pequenas editoras e livrarias que sejam pessoas coletivas dotadas de personalidade jurídica, com sede no território de Portugal, com atividade editorial ou livreira regular há pelo menos dois anos”, esclarece o Ministério da Cultura. No mesmo comunicado, é também referida a verba de mais 200 mil euros, “já inscritos em orçamento para aquisição de livros para bibliotecas da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas”.

Tal como a ministra Graça Fonseca, já tinha anunciado na Comissão Parlamentar de Cultura, o Governo decidiu também “antecipar para maio a abertura das bolsas de criação literária com um valor global de 180 mil euros”. Este valor represente um reforço de “45 mil euros, face ao valor de 2019” explica o Ministério da Cultura que confirma a atribuição de “6 bolsas anuais e 12 bolsas semestrais, apoiando 18 projetos originais de criação literária”.

Dia Mundial do Livro com clube de leitura e livros dedicados

A data costuma ser celebrada em festa, mas este ano o Dia Mundial do Livro tem de ser assinado de forma diferente, dadas as circunstâncias e os condicionalismos que a pandemia impõe. Com muitas livrarias de portas fechadas, a internet tem sido a aliada para quem quer comprar livros. Nesta data celebrada a nível mundial, por ser o dia em que morreram dois grandes escritores, Cervantes e Shakespeare, há, contudo, algumas iniciativas a assinalar.

O Grupo Leya, detentor de chancelas como a D.Quixote ou a Caminho lança hoje um clube de leitura digital. O projeto chama-se “Próximo Capitulo” e apresenta-se como um espaço de partilha entre quem edita e promove os livros, e quem os lê. A ideia é os editores da Leya orientarem este clube de leitura onde serão debatidos livros de ficção e não-fição.

As inscrições abrem neste Dia Mundial do Livro. Até 5 de maio através do email proximocapitulo@leya.com, os participantes poderão inscrever-se. Depois serão informados, também por e-mail, sobre os livros a ler e como adquiri-los, com condições exclusivas, na livraria online da LeYa. A ideia é que este “Próximo Capítulo” funcione para lá do período de confinamento.

Também hoje, o Grupo Porto Editora – detentor de chancelas como a Quetzal ou a Assírio de Alvim anuncia uma iniciativa intitulada “A Dedicatório é Sua” e que visa a ideia de oferecer um livro dedicado. Em comunicado, a editora explica que “nas páginas de Facebook e Instagram das chancelas do Grupo Porto Editora (Porto Editora, Assírio & Alvim, 5sentidos, Albatroz, Sextante, Ideias de Ler, Livros do Brasil e Coolbooks) vamos desafiar os leitores a oferecerem livros com dedicatórias”.

Disponível está uma seleção de 80 títulos, ao leitor basta escolher um livro e escrever uma dedicatória à pessoa a quem quer oferecer o livro. “Essa oferta será concretizada para as três melhores dedicatórias em cada página de Facebook e Instagram das chancelas”, refere o Grupo.

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