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​Souto de Moura vence Prémio Europeu de Intervenção no Património

18 jun, 2017 - 22:13

Arquitecto conquistou categoria de património construído, pelo projecto de reconversão do Convento das Bernardas, em Tavira, no Algarve.

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O arquitecto Eduardo Souto de Moura foi um dos vencedores da 3.ª edição do Prémio Europeu de Intervenção no Património, na categoria de património construído, pelo projecto de reconversão do Convento das Bernardas, em Tavira, no Algarve.

O galardão é organizado pela Ordem dos Arquitectos da Catalunha e a Associação de Arquitectos para a Defesa e Intervenção no Património Arquitectónico (AADIPA), e visa distinguir obras de qualidade e projectos que contribuam para a preservação da memória colectiva.

De acordo com o site do galardão, o júri distinguiu mais três projectos: na categoria espaços exteriores, as "Hortas de Caramoniña", de Abalo Alondo Arquitectos, na categoria de planeamento, o projecto para proteger a antiga vila de Sant Andreu de Palomar, da autoria de Casadevall Serra, e, na categoria de divulgação, "Lições do património vernacular na arquitectura sustentável da Escola Superior Gallaecia y Socios", coordenada pela portuguesa Mariana Correia.

Os quatro vencedores - e mais duas menções honrosas - foram seleccionados em 18 finalistas entre cerca de 200 projectos.

Sobre o projecto do arquitecto Eduardo Souto de Moura, a acta do júri explica que a escolha resultou da "valorização pela dificuldade em obter uma grande qualidade arquitectónica no sector privado, sem comprometer as qualidades arquitectónicas e patrimoniais do convento original, transformando-o num complexo residencial de alojamento turístico".

Conhecido como Convento das Bernardas, o Convento da Ordem de Cister, situado em Tavira, foi construído no século XVI.

Abandonado, o edifício entrou em degradação e viria a ser recuperado pelo Entreposto Gestão Imobiliária, tendo o projecto da autoria de Souto de Moura ficado concluído no final de 2011.

Nascido em 25 de Julho de 1952, no Porto, Souto de Moura licenciou-se em 1980 pela Escola Superior de Belas Artes daquela cidade, integrando o grupo da chamada "Escola do Porto", com Fernando Távora e Álvaro Siza Vieira.

Iniciou actividade em 1980, ano em que recebeu o primeiro prémio pelo seu trabalho, atribuído da Fundação António de Almeida, seguindo-se outras distinções, como o prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA), em 1996, o Prémio Pessoa, em 1998, e o prémio Secil 2004, pelo projecto do Estádio Municipal de Braga.

Em 2011, venceu o Prémio Pritzker, considerado o maior galardão na área da arquitectura.

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  • Maria Manuela Nunes
    19 jun, 2017 Queluz 10:33
    Mais um prémio, merecido, para um grande arquitecto.

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