29 nov, 2024 - 12:49 • Olímpia Mairos
A escalada de violência e medo está a aumentar na região de Alepo, na Síria. A denuncia é feita pelo padre Hugo Alaniz, IVE, missionário argentino, em declarações à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
O sacerdote descreve a terrível situação que se vive atualmente nos arredores da cidade de Alepo, onde - diz - grupos extremistas lançaram de surpresa uma ofensiva armada, várias aldeias foram tomadas e rotas vitais, incluindo a estrada entre Alepo e Damasco, foram cortadas.
“A situação é muito tensa; eles estão a menos de 10 km de distância. Os confrontos são intensos e há muitos mortos e feridos. Os hospitais estão sobrecarregados e o medo é generalizado”, disse o missionário.
O missionário sublinhou o imenso medo que afeta a população local à medida que a violência se aproxima das suas comunidades, assinalando, no entanto, que o povo tem confiança em Deus.
“O povo daqui tem muita confiança na intercessão de Deus e no poder da oração. Pedimos orações por esta situação. Esperamos que passe depressa e não cause mais danos”, diz.
Apesar dos desafios, as comunidades religiosas locais continuam a prestar apoio aos fiéis e aos jovens residentes que estão a seu cuidado, mesmo quando o conflito ameaça a sua segurança.
Em resposta a este apelo urgente, a Fundação AIS convida todos os benfeitores e pessoas de boa vontade a juntarem-se em oração por Alepo e pelas comunidades vizinhas.
“Rezemos pela paz, pela proteção dos vulneráveis e pelo fim rápido da violência que tem trazido tanto sofrimento a uma nação já devastada por mais de uma década de conflito”, pede Regina Lynch, presidente executiva da Fundação AIS Internacional.
Segundo a AIS, também a Irmã Maria Lúcia Ferreira, que está a viver num mosteiro em Qara, deu conta de incidentes numa breve mensagem de texto enviada nesta madrugada para a Fundação AIS em Lisboa.
Segundo a religiosa, que é mais conhecida como Irmã Myri, a situação agravou-se significativamente, referindo que “tem havido bombardeamentos às vezes, durante estes últimos tempos, mas não assim”.