12 nov, 2024 - 21:18 • Vasco Bertrand Franco
O presidente do Grupo Renascença Multimédia, cónego Paulo Franco, disse, esta terça-feira que Fernando Magalhães Crespo não só era respeitado pelos seus pares e colaboradores do grupo como também pelos vários Patriarcas de Lisboa com quem conviveu.
"Todos o tinham como uma referência daquilo que era a comunicação da Igreja no nosso país”, disse o sacerdote na homilia de uma missa de corpo presente que decorreu na capela exterior da Quinta do Bom Pastor, onde o Grupo Renascença Multimedia tem sede.
“Nos primeiros anos da sua atividade profissional, teve de travar lutas, batalhas. Teve que, pôr em causa muito daquilo que era a sua estabilidade, muito daquilo que eram as suas seguranças para a defesa de uma causa que era a causa da Rádio Renascença. A luta pela liberdade, a luta pela democracia, a luta para que esta casa pudesse ter uma voz ativa na sociedade sem estar manipulada ou aprisionada por qualquer ideologia. É a concretização clara de que há uma missão acima da pessoa, de que há um dever acima da vontade, de que há um chamamento acima de um projeto meramente pessoal", recordou Paulo Franco.
O atual presidente da Renascença confidenciou que não “privou muitas vezes” com Magalhães Crespo, mas, mesmo assim, recorda a “sua personalidade forte, às vezes com o seu mau feitio”.
"Só aqueles que têm mau feitio é que são grandes líderes. Nunca um grande líder não tem mau feitio, porque sabe o que quer, sabe para onde caminha e sabe o que é preciso fazer e às vezes contra tudo e contra todos", apontou o sacerdote e gestor.
O cónego Paulo Fraco terminou a homilia pedindo que se dessem “graças a Deus pela vida de Magalhães Crespo".
"Demos graças a Deus por hoje podermos estar unidos também a celebrar a sua vida e a confiá-lo nas mãos misericordiosas de Deus. Que Deus o recompense na eternidade tudo aquilo que ele fez de bem a tantos ao longo da sua vida.”
Esta quarta-feira haverá uma missa de corpo presente às 10h00 na capela exterior da Quinta do Bom Pastor, presidida pelo Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério.
De seguida o funeral segue para Figueira de Castelo Rodrigo onde decorrerá nova missa exequial.