10 nov, 2024 - 12:35 • Aura Miguel
“Chegam-nos preocupantes notícias de Moçambique”, disse este domingo o Papa, na Praça de São Pedro. “Convido a todos ao diálogo, à tolerância e à busca incansável de soluções justas”, afirmou.
Francisco pediu também orações por toda a população moçambicana, “para que a situação actual não desanime no caminho da democracia, da justiça e da paz”.
O Papa reafirmou a sua proximidade com as vítimas da erupção de um vulcão na ilha das Flores, na Indonésia, e para com os habitantes de Valência e de outras partes de Espanha que enfrentam as consequências das inundações. “Faço-vos uma pergunta: já rezaram por Valência? Já pensaram em dar alguma contribuição para ajudar essas pessoas? É apenas uma pergunta”, interpelou Francisco, olhando para os fiéis.
A propósito da Conferência sobre as Alterações Climáticas COP 29, que começa amanhã em Baku, desejou que esta cimeira “possa dar um contributo eficaz para a proteção da nossa casa comum”.
Por fim, o Papa não esqueceu os países onde não há paz, sobretudo, a Ucrânia, “onde hospitais e outros edifícios civis também estão a ser atingidos” e pediu também para se rezar pela Palestina, Israel, Líbano, Mianmar e Sudão.
Nas reflexões que antecederam o Angelus, o Santo Padre lembrou aos que têm autoridade, que “não podem olhar para os outros, a partir da sua própria posição de poder”, ou seja, o poder não pode ser usado para humilhar, mas “para elevar os outros, dando-lhes esperança e ajuda”.
Neste contexto, e em jeito de reflexão, Francisco lançou um conjunto de perguntas: “Como me comporto nos meus âmbitos de responsabilidade? Atuo com humildade ou tiro vantagens da minha posição? Sou generoso e respeito as pessoas ou trato-as de forma rude e autoritária? E com os mais frágeis, estou próximo deles, sei inclinar-me para os ajudar a levantarem-se?”