08 nov, 2024 - 14:24 • Henrique Cunha
O projeto "Rota das Catedrais" está a ser revitalizado pelo Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (SNBCI).
Em declarações à Renascença, a diretora do SNBCI, Fátima Eusébio, fala de uma "oportunidade para se valorizar o nosso património". A ideia é que todas as 24 catedrais possam aderir à iniciativa, de modo a que haja "uma rota o mais completa possível".
“O ideal será que todas se associem a este projeto. Acho que temos que ver neste projeto mais uma oportunidade para valorizar o nosso património e o comunicarmos de uma forma assertiva e com qualidade. Vamos, por isso tentar que todas as catedrais entrem neste comboio e se consiga uma rota o mais completa possível”, sublinha.
A diretora do SNBCI sublinha a relevância do momento, até porque "o próprio Estado está a assumir esta área como muito estratégia e muito relevante", e por isso "nós Igreja só temos que aproveitar esta oportunidade no sentido de ver tudo o que se pode fazer".
Fátima Eusébio destaca a importância de se retomar esta rota que se iniciou em 2009 com um protocolo entre a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e o Estado.
Nos primeiros anos, a iniciativa "teve como foco principal as intervenções de conservação e restauro", e agora pretende-se desenvolver a vertente de rota, "promovendo a criação de ferramentas de comunicação e de sinalética adequadas".
"A ideia é que as visitas a estes monumentos possam ser experiências acessíveis a todos, ou seja que haja recursos, quer para os invisuais, quer para aqueles que têm dificuldades, ou condicionalismos de mobilidade", acrescenta.
Por outro lado, a responsável quer que "os colaboradores das Catedrais tenham uma formação especifica em relação ao monumento em que se encontram porque são eles o primeiro rosto e é preciso que acolham bem e também tenham algumas referências sobre esse espaço".
A diretora do SNBCI diz que “o sucesso da "Rota das Catedrais" será tanto maior quanto for possível manter os espaços abertos” porque "o facto de muitos espaços se encontrarem encerrados" é "um dos grandes problemas do património religioso".
“Muitas vezes através de um sistema de alarmes sectoriais pode manter-se os espaços abertos", adianta a diretora do SNBCI.