03 nov, 2024 - 13:00 • Redação com Ecclesia
O Papa apelou este domingo à oração e solidariedade com as populações afetadas pelas inundações da última semana na Comunidade Valenciana.
“Continuemos a rezar por Valência e por outras localidades de Espanha, que tanto sofrem nestes dias. O que é que faço pela população de Valência? Rezo? Ofereço alguma coisa? Pensemos nesta pergunta”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação do ângelus.
A Arquidiocese de Valência anunciou que vai promover uma recolha de donativos, a 9 e 10 de novembro, em todas as comunidades católicas.
“Da dor e da consternação por tudo o que aconteceu na nossa diocese, apelamos à solidariedade que se expresse na coleta do Dia da Igreja Diocesana, que será inteiramente destinada às paróquias afetadas pela tempestade”, refere uma nota divulgada online.
As paróquias valencianas e todos os movimentos da diocese continuam a colaborar na localização de centros de recolha de roupa, alimentos e bens de primeira necessidade, solicitando que donativos financeiros sejam feitos através da Caritas Valenciana.
Antes do ângelus, o Papa disse que o amor a Deus e aos irmãos é o “coração” da fé cristã, convidando os católicos a refletir sobre a forma como vivem este “mandamento” de Jesus.
“É importante fixar no coração o mandamento mais importante - ama o Senhor, teu Deus, e ama o teu próximo como a ti mesmo -, para fazer todos os dias o nosso exame de consciência e nos perguntar: o amor a Deus e ao próximo é o centro de minha vida?”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, antes da recitação do ângelus.
“A minha oração a Deus impulsiona-me a ir ao encontro de meus irmãos e amá-los com gratuidade? Reconheço a presença do Senhor no rosto dos outros?”, acrescentou, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
Francisco sublinhou a importância de “voltar ao coração da vida e da fé”, em vez de se centrar em “práticas exteriores”.
“Podemos fazer muitas coisas, mas fazê-las apenas para nós mesmos e sem amor: isso não serve. Fazer as coisas com o coração distraído ou com o coração fechado não serve”, advertiu.
Ao discípulo de todas as épocas, o Senhor diz: no teu caminho, o que conta não são as práticas exteriores, como holocaustos e sacrifícios, mas a disposição de coração com a qual te abres a Deus e aos irmãos no amor”.
O Papa assinalou a importância de encontrar “o centro”, a “coisa mais importante”, num mundo em que se vive “disperso em tantas coisas”.
“Que a Virgem Maria, que trazia a lei de Deus impressa no seu coração imaculado, nos ajude a amar o Senhor e os irmãos”, concluiu.