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Papa denuncia guerra ignóbil: “é o triunfo da mentira e falsidade”

01 nov, 2024 - 12:35 • Aura Miguel

No final do Angelus, Francisco referiu-se de modo especial às inundações e derrocadas em Valência.

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“A guerra é sempre uma derrota, é ignóbil”, lamentou esta manhã o Papa, na Praça de São Pedro.

Francisco declarou que a guerra “é o triunfo da mentira, da falsidade”. Nela “procura-se o máximo interesse para si e o máximo dano para o adversário, espezinhando vidas humanas, meio ambiente, infraestruturas e tudo é mais mascarado com mentiras”.

Dirigindo-se aos fiéis no final do Angelus, o Papa sublinhou que são sempre os inocentes que sofrem.

"Penso nas 153 mulheres e crianças massacradas nos últimos dias em Gaza”, afirmou Francisco, pedindo também orações pela paz na Ucrânia, Palestina, Israel, Libano, Myanmar e Sudão do Sul.

Francisco exprimiu ainda a sua solidariedade com o povo do Chade, em particular, para com as famílias das vítimas do mais recente ataque terrorista ocorrido há alguns dias.

Proximidade do Papa com Valência

O Santo Padre referiu-se, de modo especial às inundações e derrocadas no país vizinho. “Rezamos pela população da península ibérica, especialmente da comunidade valenciana, afetada pela tempestade DANA, pelos defuntos e seus entes queridos e por todas as famílias danificadas”, afirmou. “Que o Senhor ampare os que sofrem e os que lhes prestam socorro. A nossa proximidade para com o povo de Valência”.

Todos os santos e fiéis defuntos

A propósito da solenidade de todos os santos, que hoje a Igreja assinala, o Papa apontou alguns exemplos de santidade, desde o jovem Carlo Acutis (que será canonizado em 2025, durante o Jubileu) que pedia sempre “menos de mim para dar lugar a Deus”, ao franciscano São Maximiliano Kolbe, que em Auschwitz pediu para substituir um pai de família condenado à morte.

Francisco também apontou para os testemunhos da missionária Santa Teresa de Calcutá, que passou sua existência a serviço dos mais pobres entre os pobres, e do bispo São Óscar Romero, assassinado no altar por ter defendido os direitos dos últimos contra os abusos dos prepotentes.

Igualmente importantes, acrescentou o Papa, são “tantos outros santos - aqueles que veneramos nos altares e aqueles que estão “na porta ao lado”, com quem convivemos todos os dias”.

Por fim, Francisco aconselhou os fiéis a irem ao cemitério nestes dias, rezar pelos entes queridos e acrescentou: “recordem-se que a eucaristia é a melhor oração pela alma dos defuntos”.

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