26 out, 2024 - 21:37 • Aura Miguel
O documento final do Sínodo aprovado este sábado é muito extenso, está dividido em cinco partes e tem 155 parágrafos.
Entre os 360 votantes, contam-se 264 cardeais e bispos e os restantes 96 são sacerdotes, religiosos e leigos, homens e mulheres. A quase totalidade dos parágrafos foi aprovada com larga maioria.
Houve, no entanto, alguns pontos que receberam votos contra. O mais significativo é o número 60 (com 258 votos a favor e 60 votos contra), relacionado com o papel da mulher na igreja, onde se lê que “não há razões que impedem as mulheres de assumir papéis de guia na Igreja” e que “a questão do acesso das mulheres ao ministério diaconal permanece em aberto”.
O Papa considera que o texto votado já inclui indi(...)
Alguma resistência verificou-se também nos parágrafos número 125, sobre o papel e competência doutrinal e disciplinar das conferências episcopais (310 votos a favor e 45 contra) e número 27, sobre a liturgia “com rosto sinodal” (312 votos a favor e 43 contra).
Na conferência de imprensa que acompanhou a divulgação do documento, foi elogiado o facto de nunca aparecer no texto a expressão “Igreja universal”, referindo-se apenas “igrejas locais” e as suas relações entre elas.
Os cardeais Mario Grech, Secretário Geral do Sínodo, e Jean-Claude Hollerich, Relator Geral desta Assembleia que terminou este sábado, sublinharam a importância deste novo caminho, “que agora progride, num autêntico processo sinodal que demora o seu tempo e deve envolver, cada vez mais, todos os episcopados do mundo”.