Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Patriarca de Lisboa faz apelo: "A violência nunca é resposta"

25 out, 2024 - 19:56 • Ângela Roque

D. Rui Valério considera que é preciso estar atento “aos mais necessitados” e “fragilizados da sociedade”, e a todos os que, perto ou longe, são vítimas de violência.

A+ / A-
"A violência nunca é a resposta para caminharmos para uma sociedade mais justa", diz D. Rui Valério
"A violência nunca é a resposta para caminharmos para uma sociedade mais justa", diz D. Rui Valério

“A violência nunca é a resposta”, lembrou esta sexta-feira o patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, numa semana marcada por tumultos na região da capital após a morte de Odair Moniz pela PSP.

D. Rui Valério, que já na quinta-feira tinha indicado, em comunicado, que acompanha com "consternação" a onda de vandalismo em alguns bairros da Grande Lisboa, voltou a referir-se à situação esta tarde.

Na homilia da missa que assinalou a Dedicação da Sé Catedral (leia aqui em versão PDF), o patriarca afirmou que é preciso estar atento “aos mais necessitados” e “fragilizados da sociedade”, e a todos os que, perto ou longe, são vítimas de violência.

"Onde se ouve a voz do Altíssimo também se ouve o grito dos pobres, a aflição dos cativos, o desespero dos cegos, e se acolhe o sofrimento dos oprimidos", afirmou o prelado.

A partir da Sé de Lisboa, "a escuta da Palavra habilita-nos, capacita-nos para atender aos apelos dos mais necessitados e ao clamor dos fragilizados da sociedade", sublinhou D. Rui Valério.

"A violência nunca é a resposta para caminharmos para uma sociedade mais justa e próspera"

“Não podemos não recordar neste dia todos os que são vítimas da violência, nos lugares distantes de guerra, mas também, como dolorosamente temos assistido, na periferia da cidade de Lisboa”, declarou o patriarca.

“Escutar a Palavra de Deus é renovar a certeza de que somos chamados a ser construtores da paz, da amizade social, da fraternidade. Apelo à paz, ao diálogo e ao respeito mútuo: a violência nunca é a resposta para caminharmos para uma sociedade mais justa e próspera”, sublinhou D. Rui Valério.

A morte de Odair Moniz provocou uma onda de revolta e de tumultos que começaram no Bairro do Zambujal e se alastraram a vários concelhos da Grande Lisboa.

Quatro autocarros foram incendiados e um foi apedrejado esta semana. Um motorista da Carris Metropolitana sofreu queimaduras graves e continua internado no Hospital de Santa Maria.

Desde segunda-feira, 21 de outubro, a PSP já registou 123 ocorrências, 21 detenções e 19 suspeitos de desacatos foram identificados.

Cinco cidadãos e dois polícias ficaram feridos durante os tumultos dos últimos dias, indica a PSP em comunicado divulgado esta sexta-feira à tarde.

Um total de 16 veículos ligeiros e dois motociclos foram incendiados, cinco viaturas da polícia foram danificadas e uma esquadra atacada com engenhos pirotécnicos.

O funeral de Odair Moniz realiza-se no domingo, 27 de outubro. O corpo vai estar em câmara ardente no sábado, na Igreja da Buraca. O funeral tem lugar no domingo. A celebração está marcada para as 14h00 e saída do cortejo fúnebre acontece pelas 14h30.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+