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Missa de abertura do Sínodo. Papa apela a jornada de oração e jejum pela Paz na próxima segunda-feira

02 out, 2024 - 09:28 • Aura Miguel com Redação

“Tenhamos o cuidado em não transformar os nossos contributos em teimosias a defender ou em agendas a impor", disse o Papa aos participantes.

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O Papa apelou para que se viva um dia de oração e jejum pela paz, na próxima segunda-feira, 7 de outubro.

No final da homilia da missa de abertura da Assembleia ordinária do Sínodo, Francisco pediu a todos para “invocar a intercessão de Maria Santíssima o dom da paz”.

O Papa acrescentou que, no próximo domingo, irá à Basílica de Santa Maria Maior “rezar o terço e dirigir à Virgem uma premente súplica".

"Se possível, peço também a vós, membros do sínodo, que se unam a mim naquela ocasião”, apelou, acrescentando que para o dia seguinte, 7 de outubro, pede "a todos que vivam um dia de oração e de jejum pela paz no mundo".

O sínodo não é um parlamento

Durante a homilia, Francisco sublinhou que o sínodo “não é uma assembleia parlamentar, mas um lugar de escuta em comunhão", onde cada um dos participantes se deve libertar “de tudo o que, em nós e entre nós, pode impedir à ‘caridade do Espírito’ criar harmonia na diversidade".

Tendo em conta o facto de a diversidade ser elevada entre os cerca de 400 participantes neste sínodo, o Papa acrescentou um desafio: “Tenhamos o cuidado em não transformar os nossos contributos em teimosias a defender ou em agendas a impor, mas ofereçamo-los como dons a partilhar, dispostos também a sacrificar o que é particular, se isso servir para juntos fazermos nascer algo novo, segundo o projeto de Deus."

Para o Papa, se assim não for, “acabaremos por nos fechar num diálogo de surdos, onde cada um tenta ‘puxar água ao seu moinho’ sem ouvir os outros e, sobretudo, sem ouvir a voz do Senhor.”

Pequenos como crianças

O Papa disse ainda que, dada a sua importância, o Sínodo “pede-nos para sermos grandes - na mente, no coração, nas visões -, porque os temas a tratar são grandes e delicados, e os cenários em que se inserem são amplos, universais”.

Sua Santidade acrescentou que, "precisamente por isso, não podemos deixar de olhar para a criança, que Jesus continua a colocar no centro dos nossos encontros e das nossas mesas de trabalho, para nos recordar que a única maneira de estar ‘à altura’ da tarefa que nos está confiada é a de baixar-se, fazer-se pequeno e, como tal, acolhermo-nos uns aos outros com humildade”.

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