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Cardeal António Marto: “Não podemos resignar-nos à guerra, não podemos deixar-nos vencer pela guerra”

30 set, 2024 - 09:09 • Olímpia Mairos

“Com várias guerras em simultâneo, desde a Ucrânia à Terra Santa, passando pelo Sudão e por tantos países”, a fundação pontifícia AIS quer fazer da 19ª jornada de oração do Terço pela paz com as crianças “um grito de alerta”.

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O cardeal D. António Marto, que vai presidir no próximo dia 18 de outubro à oração do Terço com as crianças pela paz na Capelinha das Aparições em Fátima, iniciativa promovida a nível internacional pela Fundação AIS, alerta para a “situação trágica” que se está a viver com a “ameaça de uma guerra mundial”, situação a que “ninguém pode ficar indiferente”, e que temos todos de ouvir “o grito das vítimas”.

“Não podemos resignar-nos à guerra, não podemos deixar-nos vencer pela guerra, e mesmo que não estejamos no campo de batalha, estamos aqui, na retaguarda, e fazemos pelo menos aquilo que podemos e somos chamados a fazer como cristãos, de ouvir o grito das vítimas e levantar a nossa súplica a Nossa Senhora para que escute esta súplica que sobe do coração das crianças que têm ainda um coração puro e desarmado, mas também dos jovens, dos pobres, de todos aqueles que se querem associar a esta oração pela paz”, disse D. António Marto, em declarações à AIS.

O bispo emérito de Leiria-Fátima nota que “estamos a viver uma situação dramática e trágica a nível mundial com a ameaça de facto de uma guerra mundial já em episódios, que nos entra pela casa dentro através dos ecrãs da televisão e nos faz ver os horrores da guerra diante dos quais ninguém pode ficar indiferente”.

Por isso, D. António Marto, lembra a urgência de se acolher o pedido de Nossa Senhora para se rezar pela paz.

“Esse espetáculo que nos é dado a ver toca profundamente o coração, faz-nos sentir a dor do coração. E por isso se torna mais urgente acolher o pedido de Nossa Senhora como Mãe e Rainha da Paz, como também disse São João Paulo II aqui em Fátima, foi a dor de mãe que a fez falar porque está em jogo a sorte dos filhos”, defende.

AIS quer juntar mais de um milhão de crianças a rezar pela paz

“Com várias guerras em simultâneo, desde a Ucrânia à Terra Santa, passando pelo Sudão e por tantos países”, a fundação pontifícia quer fazer da 19ª jornada de oração do Terço pela paz com as crianças “um grito de alerta”.

“Um grito de alerta para os responsáveis das nações para que compreendam que as crianças não querem mesmo viver num mundo em guerra, com pessoas em lágrimas, com milhões de deslocados e refugiados, com multidões em sofrimento”, diz a responsável do secretariado nacional da fundação pontifícia, Catarina Martins de Bettencourt.

A iniciativa global da Ajuda à Igreja que Sofre, congrega todos os 23 secretariados internacionais da fundação pontifícia, e tem o seu centro espiritual em Portugal, pois “foi em Fátima que Nossa Senhora apareceu a três crianças, a quem pediu precisamente que rezassem o Terço pela paz e pela conversão dos pecadores”.

De acordo com a AIS, no ano passado, e pela primeira vez, participaram na iniciativa mais de um milhão de crianças. O objetivo, este ano, é fazer aumentar o número de envolvidos nesta jornada de oração pela paz.

“Houve mais de 1 milhão de inscritos nos vários secretariados que a fundação pontifícia tem espalhados pelo mundo. Foram pessoas oriundas de cerca de 80 países de todos os continentes”, assinala a AIS.

“Queremos que mais e mais pessoas se juntem a nós. Depois de termos ultrapassado o número mágico de um milhão de participantes inscritos, o que significa que terão sido provavelmente mais pessoas, pois muitas nunca se inscrevem neste tipo de iniciativas, o nosso objetivo este ano é fazer crescer esta jornada de oração, juntando mais colégios, grupos de catequese, paróquias, famílias, fazendo deste dia 18 de outubro um enorme clamor pela paz no mundo”, conclui a diretora da Fundação AIS, citada numa nota da instituição.

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